SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nesta semana, chegou ao catálogo da Netflix a série documental “Sean Combs: O Acerto de Contas”, produção que analisa as acusações contra o magnata do hip-hop. Em outubro, ele foi sentenciado a quatro anos e dois meses de prisão por crimes relacionados à prostituição.

O documentário entrevista alguns dos jurados que participaram do julgamento do artista para que eles explicassem o que levaram em conta na hora de proferir seus votos.

O júri absolveu Diddy dos crimes mais graves —extorsão, pelo qual poderia ser condenado à prisão perpétua, e tráfico sexual das ex-namoradas, que poderia acarretar mais duas décadas de prisão.

Ele, porém, foi condenado por transportar pessoas através de fronteiras estaduais americanas para fins de prostituição, crime envolvendo duas ex-namoradas —a cantora Cassie Ventura e uma mulher anônima que usou o pseudônimo de Jane no tribunal.

Uma das juradas entrevistadas no documentário afirmou que estava segura de seu voto, mas que sabia que o veredicto geraria polêmica justamente por ser mais ameno do que a opinião pública esperava.

“Quando estávamos na sala de deliberação e chegamos a um acordo no qual ele era apenas culpado por duas acusações, minhas palavras exatas foram: ‘Oh, caramba'”, disse ela na série.

Outra jurada afirmou que proferiu o voto sem levar em conta as acusações de violência doméstica contra o rapper. Em maio do ano passado, foi divulgado um vídeo feito por câmeras de vigilância mostrando Diddy agredindo fisicamente Cassie Ventura, sua então namorada.

Já um homem afirmou não ter tido certeza sobre o grau de culpa de Combs, já que Ventura permaneceu em um relacionamento com ele, entre idas e vindas, por 11 anos.

“No dia seguinte [à violência doméstica], eles estavam se reconciliando e trocando mensagens de texto como se nada tivesse acontecido”, disse o jurado. “Se você não gosta de algo, você sai completamente [da relação]. Você não pode ter as duas coisas.”