CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – O Ministério Público de Santa Catarina denunciou à Justiça estadual nesta segunda-feira (1) o homem suspeito de matar a aluna de pós-graduação da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) Catarina Kasten, 31, na região da trilha da Praia do Matadeiro, em Florianópolis.

Giovane Correa Mayer, 21, foi acusado sob suspeita dos crimes de feminicídio, estupro e ocultação de cadáver, por ter arrastado o corpo para local de difícil acesso e visualização.

O Ministério Público ainda incluiu pontos na denúncia que podem aumentar a pena, como crime praticado mediante asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Giovane está preso preventivamente. A defesa está sendo feita pela Defensoria Pública, que disse que não iria se manifestar sobre o caso.

A denúncia foi protocolada pelo promotor João Gonçalves de Souza Neto e segue agora para a Vara do Tribunal do Júri da Capital. Caso a Justiça aceite, ele vai se tornar réu.

O assassinato ocorreu no dia 21 de novembro, por volta das 7h, pouco depois de ela sair de casa para uma aula de natação. Ao perceber a demora de Catarina em retornar para casa, o companheiro dela, Roger Gusmão, acionou a Polícia Militar, por volta das 12h.

Giovane foi preso horas depois e, de acordo com a Polícia Militar, confessou ter matado a jovem.

O crime gerou ampla repercussão. Na semana passada, um ato foi realizado na UFSC, onde Catarina era aluna de pós-graduação em inglês.

Amigos, familiares, professores e estudantes seguravam cartazes com frases como “Justiça por Catarina Kasten”, “Basta de feminicídio”, “Catarina presente”, “Nem uma a menos” e “Somos todos Catarina”.

A coordenadora da pós-graduação, Alinne Balduino Pires Fernandes, anunciou que a nova sala de estudos do programa será batizada com o nome de Catarina.