SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Vereadores do União em São Paulo devem escolher nesta segunda-feira (1º) o seu candidato para ser indicado à presidência da Câmara Municipal. A eleição da mesa diretora da Casa está prevista para 15 de dezembro.
O martelo deverá ser batido em reunião da executiva do partido nesta noite.
A escolha do nome ocorre meio a queda de braço entre o presidente do partido e ex-vereador de São Paulo por quase 30 anos, Milton Leite, e vereadores da base do prefeito Ricardo Nunes (União). Este último grupo defende a reeleição de Ricardo Teixeira, enquanto Leite diz que a bancada do União havia definido que haverá rodízio ao longo da atual legislatura.
O nome escolhido por Leite é o de seu afilhado político Silvão Leite (União). Além de Silvão, o vereador Rubinho Nunes também está na disputa pela indicação.
Aliado do prefeito, o vereador João Jorge (MDB) diz que já possui mais de ‘assinaturas’ entre os 51 vereadores para reeleição de Teixeira.
O nome a ser indicado pela base de Nunes estará praticamente confirmado para presidir a Casa.
A oposição tem minoria na Câmara. Com isso, apenas o Psol planeja lançar uma candidatura para marcar posição -provavelmente da vereadora Keit Lima.
Na tarde desta segunda, a bancada do União se reuniu na Câmara, mas não houve consenso em torno de uma candidatura. Teixeira voltou a defender a sua reeleição.
Na atual legislatura, a bancada do partido tem Teixeira, Rubinho, Silvão, Adilson Amadeu, Silvinho, Amanda Vettorazzo e Adrilles Jorge.
A reportagem não conseguiu falar com Teixeira até a publicação deste texto.
Ele é visto como figura mais independente e, hoje, próxima do prefeito. Já Silvão é considerado um representante de Leite, que, mesmo após a aposentadoria, tenta manter sua influência no Legislativo e Executivo. Ele comandou a Casa por seis anos, um recorde.
Em reunião no último dia 18, a executiva do União manteve reafirmou que será mantido o rodízio na indicação de vereadores da bancada. O pacto foi firmado no final de 2024 e previu como primeiro ocupante do cargo Teixeira.
Antes deste acordo de rodízio costurado por Leite, a tradição é que o presidente fique à frente do Legislativo por dois anos, a cada mandato.



