SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A poucos dias do fim do ano, quando famílias tentam reorganizar relações e resolver problemas antigos, a Netflix lança uma nova temporada de “Ilhados com a Sogra”.

De volta ao comando do reality, Fernanda Souza diz que esta é a edição mais afiada, intensa e comunicativa do programa -e que a chegada de dezembro combina perfeitamente com a proposta de aproximar pessoas que se amam, mas não necessariamente se entendem.

“É um programa para trazer união no fim do ano”, afirma Fernanda, que abre um sorriso ao falar à reportagem sobre o retorno ao posto de apresentadora. Segundo ela, o elenco desta edição não hesita em mergulhar nas próprias histórias, o que acelera relações, tretas e reconciliações já nos primeiros episódios.

“A comunicação é a grande chave da temporada. Eles falam muito, conversam muito e trazem conflitos clássicos que todo mundo reconhece”, explica.

A apresentadora destaca que muitas situações vividas no reality refletem dinâmicas familiares comuns, como mães jovens que cresceram junto com as filhas ou relações de dependência emocional que precisam ser reequilibradas.

“Tem aquela história da mãe que virou quase filha da filha, sabe? Outra clássica é a do apego: aquele filho que precisa se desgarrar, mas não consegue. Isso é a realidade de muita gente”, diz.

Para Fernanda, o público vai notar que os participantes chegam mais conscientes da proposta do reality. “A galera resolveu mais rápido porque assistiu ao programa. Ninguém vai ali para não entregar. Já que saiu de casa para conviver 24 horas com alguém com quem tem atrito, eles decidem chamar as conversas que precisam acontecer”, afirma.

Ela conta que, pela primeira vez, os conflitos extrapolam a vila e passam a atingir também o bunker, espaço onde os participantes ficam quando não estão em provas. “Começou a ter treta na vila, e do nada tinha treta no bunker também. E o mais incrível: sogras que não se davam bem começaram a defender as noras e genros. Coisa de família, né? ‘Só eu posso falar mal da minha nora'”, brinca.

Mesmo apenas como apresentadora, Fernanda reconhece que, diante de tantos conflitos, acaba atuando como mediadora emocional. “Descobri uma habilidade que eu não tenho: a de não me envolver. Quando vejo, já estou chorando junto. Minha voz embarga. A lágrima cai mesmo sem eu querer”, admite.

A CONVENÇÃO DAS SOGRAS

Uma das novidades é a “convenção de sogras”, evento que reuniu mais de 200 mulheres de diferentes regiões do país para selecionar as seis protagonistas da temporada. Fernanda descreve a experiência como algo épico.

“A maior concentração de sogras por metro quadrado já vista no planeta. Era muita energia junta, muita alegria. Tinha hora que eu precisava pedir: ‘Calma, meninas!'”, lembra.

Ela aponta que, apesar de frequentemente estereotipadas, as sogras ganham no programa um espaço mais humano. “A gente exalta, mas também fala dos desafios com respeito. Tiramos esse lugar de vilã e mostramos a complexidade dessas mulheres”, diz.

A apresentadora se emociona especialmente com histórias que envolvem mães que trabalharam tanto que mal conseguiam ver os filhos crescerem. “É uma dor que eu entendo. Minha mãe também trabalhou muito, então algumas falas mexeram comigo”, confessa.

Fernanda acredita que “Ilhados com a Sogra” só funciona tão bem porque é brasileiro. “Se fosse um reality gringo, seria completamente diferente. A gente é família, é caloroso. Mesmo brigado, queremos passar o Natal junto. E o público do mundo inteiro percebe isso.”

A segunda temporada figurou no Top 10 Brasil logo na estreia e chegou ao quinto lugar global entre produções de língua não inglesa -um feito que, segundo Fernanda, diz muito sobre o apelo emocional do programa. “Eles devem assistir pensando: ‘Meu Deus, esse povo sofre muito’. Mas é porque a gente ama muito também”, brinca.

ESTREIA E EPISÓDIO ESPECIAL DE FIM DE ANO

A nova temporada estreia em dezembro:

4 episódios em 3 de dezembro

4 episódios em 10 de dezembro

1 episódio extra e inédito em 17 de dezembro