BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Um menino de 6 anos morreu em um hospital de Manaus (AM) na última semana após ter dado entrada na instituição com um quadro de tosse e suspeita de laringite.
Os pais de Benício de Freitas afirmam que a saúde do filho teria piorado após aplicações de adrenalina receitadas por uma equipe médica de um hospital particular da cidade.
Após a deterioração do quadro de saúde, a criança chegou a ser encaminhada à UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e entubada, quando teria sofrido as primeiras paradas cardíacas, segundo os pais. Benício morreu na madrugada do dia 23.
A Polícia Civil do Amazonas apura o caso. O delegado Marcelo Martins, responsável pela investigação, diz que já foram colhidos depoimentos e documentos encaminhados pelo hospital para esclarecer o que teria causado a morte do menino.
O delegado chegou a pedir à Justiça a prisão da médica que atendeu a criança por homicídio qualificado doloso (quando há intenção de matar).
O Tribunal de Justiça do Amazonas, porém, concedeu habeas corpus preventivo à profissional, impedindo sua detenção.
O hospital Santa Júlia disse que afastou a médica e uma técnica de enfermagem envolvidas no atendimento a Benício e realiza uma investigação interna para apurar o que ocasionou a morte da criança.
O Conselho Regional de Medicina do Amazonas também abriu procedimento para apurar o caso.
Procurado pela reportagem, o advogado da médica não respondeu.
Ele disse ao portal G1 que a profissional teria agido imediatamente para reverter a piora no quadro de Benício, que ela não pode ser investigada por homicídio doloso e que a defesa irá contestar a linha adotada pela Polícia Civil.
Em entrevista a jornalistas após prestar depoimento, a técnica de enfermagem afirmou que comunicou a médica sobre a piora da criança após a aplicação de adrenalina e que depois retornou à pediatria.



