Da Redação
A polícia de Goiás concluiu investigação que aponta o ex-prefeito de Joviânia, Renis Eustáquio Gonçalves, como principal suspeito de chefiar um esquema de compra de votos durante a eleição municipal de 2024. Conforme o relatório final da Polícia Civil de Goiás (PC-GO), o suposto esquema envolvia distribuição de dinheiro em espécie, combustível e outros benefícios a eleitores.
Ao longo da investigação, a operação batizada Operação Voto Livre levou à apreensão de R$ 1.625.417,00 em espécie — incluindo uma mala com cerca de R$ 1,1 milhão encontrada em uma fazenda ligada ao ex-prefeito. Também foram encontrados armas, munições e um caderno com anotações intituladas “Dinheiro compra de votos (controle)”, que continha listas de eleitores e valores pagos.
De acordo com o relatório, o grupo investigado teria atuado de forma organizada e estruturada, com líderes, intermediários e eleitores envolvidos diretamente nas práticas. Entre os crimes atribuídos estão captação ilícita de sufrágio e participação em organização criminosa.
Fontes da investigação informaram que, mesmo diante das evidências, o ex-gestor e seus aliados mantiveram articulações até os últimos dias da campanha. Apesar disso, nas urnas, o grupo não obteve êxito — o atual prefeito Max Pereira (Pode) venceu a disputa, e afirmou que grandes somas foram usadas sem efeito real sobre a vontade popular.
O inquérito foi encaminhado à Justiça Eleitoral e criminal, para avaliação de eventuais condenações e aplicação de penalidades cabíveis aos envolvidos. A expectativa agora recai sobre a decisão judicial, que poderá resultar em cassação de direitos políticos e inelegibilidade.






