Da Redação

A ordem de prisão expedida nesta semana contra o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, teve origem no acúmulo de parcelas de pensão alimentícia destinadas à filha que ele tem com a ex-esposa, Andressa Mendonça. O valor atrasado, considerado elevado, levou a Justiça a determinar a prisão na última terça-feira, 25.

De acordo com o advogado Arthur Paulino, a defesa passou as últimas 24 horas dedicada à construção de um acordo para parcelar o débito e impedir o cumprimento da prisão. O termo foi assinado na noite de quarta-feira, 26, e protocolado imediatamente na 6ª Vara de Família de Goiânia, onde o processo segue sob sigilo. O Ministério Público deve analisar a proposta ainda nesta quinta-feira, 27, e a equipe jurídica se mostra confiante. Segundo Paulino, havendo proporcionalidade entre as partes, não há razão para contestação.

A Polícia Civil chegou a ir até a casa do empresário para executar o mandado, mas ele não foi encontrado. Enquanto isso, as tratativas avançavam nos bastidores, visando garantir uma alternativa ao encarceramento.

O acordo apresentado prevê não apenas o parcelamento da dívida, mas também a revisão do valor mensal da pensão, atualmente estipulada em 120 salários mínimos — cifra que contribuiu para o rápido aumento do débito. A defesa não detalhou o valor proposto, alegando confidencialidade, mas confirmou que a redução faz parte dos ajustes.

Se a proposta for validada pelo Ministério Público e homologada pelo juiz responsável, um contramandado deverá ser expedido, suspendendo o risco imediato de prisão por inadimplência.

A equipe jurídica de Cachoeira afirma que o novo formato de pagamento oferece condições reais para evitar futuras dívidas e novas medidas judiciais.