Da Redação
A 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás sentenciou um casal de líderes religiosos de Anápolis a penas que ultrapassam 230 anos de reclusão por crimes sexuais praticados contra membros de sua própria congregação. As decisões encerram um processo que revelou um esquema de violência sustentado por manipulação espiritual e abuso de autoridade religiosa.
O pastor Vanderlei Antônio de Oliveira foi condenado a 136 anos de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável. Sua esposa, Maria de Lurdes dos Santos Oliveira, recebeu pena de 95 anos por acobertar, permitir e manter silêncio diante dos abusos cometidos pelo marido.
Segundo o Ministério Público, os crimes ocorriam durante supostos rituais espirituais em que o casal afirmava estar “incorporado” por entidades chamadas de “anjos encarnados”. As vítimas participavam de encontros organizados na igreja fundada pelos próprios condenados, a Assembleia de Deus Ministério Bola de Fogo, e confiavam na orientação espiritual do casal.
As sentenças reforçam a gravidade dos crimes e a responsabilização dos dois pela violação da confiança e da fé de seus seguidores.






