Da Redação

Em uma noite carregada de simbolismo no Museu Pelé, em Santos, um capítulo inédito foi escrito na gestão da imagem do maior jogador da história do Brasil. A NR Sports, empresa comandada por Neymar Pai, oficializou a aquisição integral da marca Pelé, até então administrada pela agência norte-americana Sport 10. O anúncio, feito em um evento reservado, reuniu lendas santistas como Renato, Ricardo Oliveira e Pepe, além de familiares do Rei.

Ao lado de Flávia Arantes, filha de Pelé, Neymar Pai destacou que o objetivo é devolver à marca seu lugar de origem e renová-la para as novas gerações. O clima era de celebração e de promessa.

O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, comemorou publicamente a mudança de comando. Ele afirmou que, enquanto os direitos estiveram sob o controle internacional, o clube nunca conseguiu viabilizar o uso institucional da marca Pelé. Agora, o cenário muda. Para Teixeira, a “volta ao Brasil” abre caminho para explorar comercialmente uma das imagens mais valiosas do esporte mundial e fortalecer a ligação entre Pelé e Neymar Jr., mencionados como Rei e Príncipe.

A NR Sports apresentou a operação como uma verdadeira repatriação. A palavra ecoou no vídeo exibido e nos discursos. Neymar Pai também revisitou outro lema que deseja transformar em ação: “rejuvenescer a marca”. Segundo ele, a compra representa apenas o início de um projeto maior, que inclui preservar a memória de ídolos santistas e valorizar figuras históricas do clube.

A trajetória dos direitos da marca Pelé é longa e repleta de idas e vindas. Originalmente geridos pessoalmente com a ajuda do assessor José Fornos, o Pepito, eles foram vendidos pela primeira vez em 2005 para a agência Prime. Em 2012, passaram para a Sport 10, comandada pelo britânico Paul Kemsley – o mesmo que tentou reviver o New York Cosmos, time no qual Pelé brilhou no final da carreira.

Após a morte do Rei, em 2022, a família demonstrou interesse em retomar o controle da marca. Edinho chegou a afirmar publicamente, em 2023, que buscava investidores para liderar o processo, embora os custos fossem considerados altos. O próprio Santos fez diversas tentativas ao longo dos anos, sempre sem êxito.

Com a marca agora sob gestão brasileira e nas mãos de Neymar Pai, o clube vê finalmente a possibilidade real de licenciar produtos, criar experiências e fortalecer o legado de seu maior ídolo. As negociações ainda vão começar, mas a expectativa é de que essa virada seja histórica.

O retorno da marca Pelé ao Brasil não é apenas um movimento comercial. É um gesto simbólico que resgata identidade, memória e pertencimento – devolvendo ao país, e especialmente ao Santos, o direito de contar e expandir a história de seu Rei.