Da Redação
Dois dos nomes mais influentes das Forças Armadas durante o governo Bolsonaro foram detidos pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (25). O general Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional, e o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, tiveram suas prisões decretadas após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar que seus processos chegaram ao fim, sem possibilidade de novos recursos.
Ambos foram conduzidos ao Comando Militar do Planalto, onde permanecem sob responsabilidade das autoridades militares. As penas impostas pelo STF são severas: Heleno recebeu 21 anos de prisão e Paulo Sérgio, 19.
As condenações abrangem crimes como participação em organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, ataque ao funcionamento do estado democrático de direito, depredação do patrimônio da União e destruição de bens tombados. O episódio marca um ponto inédito na história do país — é a primeira vez que generais de alta patente e ex-comandantes enfrentam prisão por envolvimento direto em uma tentativa de ruptura institucional.
No mesmo dia, o STF também concluiu o trâmite processual de três outras figuras centrais: o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-diretor da Abin e deputado federal Alexandre Ramagem e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Com o encerramento dos processos, fica aberto o caminho para o início do cumprimento das penas aplicadas a cada um.






