Da Redação
A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou que o ex-coach e influenciador Pablo Marçal pague R$ 303 mil à deputada federal Tabata Amaral. A decisão concluiu que Marçal propagou uma narrativa falsa sobre a parlamentar durante o período pré-eleitoral de 2024, configurando difamação e interferência indevida no processo político.
O episódio que motivou a condenação ocorreu em uma entrevista concedida em 4 de julho a um podcast da revista IstoÉ. Na conversa, Marçal fez comparações entre sua história pessoal e a de Tabata, insinuando que ela teria deixado o pai para trás enquanto fazia intercâmbio e até sugerindo que teria responsabilidade pela morte dele. Segundo a sentença, a fala distorceu um episódio sensível da vida da deputada e foi utilizada para influenciar a opinião do eleitorado.
O juiz responsável afirmou que, mesmo em fase de pré-campanha, o réu usou informações inverídicas sobre a intimidade da então pré-candidata do PSB, o que extrapola os limites do debate político. A defesa de Marçal sustentou que não houve intenção de ofender e que ele chegou a pedir desculpas, mas o argumento não convenceu o magistrado.
Tabata relatou na audiência que as declarações do ex-candidato foram dolorosas e desrespeitosas. Ela lembrou que estava no Brasil quando o pai morreu e que vivia o momento mais difícil de sua vida. O valor fixado — equivalente a 200 salários mínimos — reflete a gravidade atribuída à tentativa de manipular fatos pessoais para fins políticos.






