Da Redação
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (12) o projeto de lei que encerra o mais longo shutdown da história do país, colocando fim a semanas de paralisação que afetaram milhões de servidores e interromperam diversos serviços públicos.
A medida foi aprovada horas antes pela Câmara dos Deputados, que, sob maioria republicana, deu aval ao texto por 222 votos a 209. Apenas dois republicanos votaram contra a proposta, enquanto seis democratas decidiram apoiar o acordo bipartidário. No Senado, a aprovação havia ocorrido na segunda-feira (10), com 60 votos a favor e 40 contra — o mínimo necessário para a sanção presidencial.
O shutdown foi provocado pela falta de consenso no Congresso sobre o orçamento federal, que deixou o governo sem verba para operar plenamente. O impasse girava em torno da ampliação de programas de saúde pública, defendida pelos democratas e rejeitada pela maioria republicana, que preferiu adiar o debate para dezembro.
Com o acordo, o governo norte-americano retoma suas atividades nos próximos dias, permitindo o pagamento de salários atrasados e a reabertura de agências e serviços federais. No entanto, a plena normalização do setor aéreo ainda deve levar algum tempo, segundo autoridades locais.
O texto sancionado por Trump garante recursos até 30 de janeiro de 2026 e proíbe demissões de servidores federais até essa data. Além disso, mantém o funcionamento do programa de assistência alimentar (SNAP) até setembro de 2026, beneficiando milhões de famílias em situação de vulnerabilidade.
Apesar do avanço, o acordo deixou os democratas divididos, já que a ampliação dos subsídios de saúde para cerca de 24 milhões de americanos ficou de fora. O Senado prometeu votar o tema no fim do ano, mas sem garantia de aprovação, e o presidente da Câmara, Mike Johnson, ainda não confirmou se levará o projeto à pauta.
Uma pesquisa Ipsos/Reuters, divulgada em outubro, mostrou que a opinião pública se dividiu sobre as causas da paralisação: 50% dos americanos culparam os republicanos pela crise, enquanto 43% responsabilizaram os democratas.






