Da Redação
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), aparece entre os nomes mais lembrados em todo o país quando o assunto é combate ao crime organizado. De acordo com pesquisa da Quaest, divulgada nesta quarta-feira (12), Caiado foi citado por 11% dos entrevistados como um dos principais líderes na articulação de apoio à operação policial realizada no Rio de Janeiro.
O levantamento também destacou a criação do Consórcio da Paz, iniciativa coordenada por Caiado que busca integrar ações de segurança entre os estados e reforçar o enfrentamento conjunto às facções criminosas.
Com o resultado, o governador goiano ficou tecnicamente empatado com Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, que registrou 13% das menções. O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), que comandou diretamente a operação, liderou o ranking com 24%. Outros nomes lembrados foram Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais (5%); Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina (3%); Eduardo Riedel (PP), de Mato Grosso do Sul (2%); e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), também com 2%.
Operação teve aprovação da maioria dos brasileiros
A Operação Contenção, que mobilizou 2,5 mil policiais nos complexos da Penha e do Alemão, recebeu forte apoio popular: 67% dos entrevistados afirmaram aprovar a ação, enquanto 25% desaprovaram. A operação resultou na prisão de mais de 100 suspeitos, na apreensão de armas e deixou 121 mortos, entre eles quatro policiais.
O apoio à ação foi ainda maior nas regiões Centro-Oeste (70%) e Sul (74%). A pesquisa revelou que 97% da população tomou conhecimento da operação, o que reforça a repercussão nacional do tema.
Cooperação ou estratégia política?
O estudo também mediu como os brasileiros enxergam a mobilização dos governadores. Para 47%, a articulação teve caráter político, enquanto 46% acreditam que se tratou de uma ação real de cooperação na segurança pública. Outros 3% consideraram que as duas motivações coexistem.
A pesquisa da Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 6 e 9 de novembro, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.






