Da Redação
A partir de 2026, o Campeonato Brasileiro da Série A vai contar com uma das tecnologias mais avançadas do futebol mundial: o impedimento semiautomático. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou oficialmente a adoção do sistema nesta segunda-feira (10), durante uma reunião do seu Grupo de Trabalho de Arbitragem.
A novidade marca um dos passos mais importantes da arbitragem nacional nos últimos anos e promete acabar com a demora e as divergências nas análises de impedimento que tanto irritaram torcedores e clubes ao longo das últimas temporadas.
Como a tecnologia funciona
O novo sistema usa câmeras de alta precisão espalhadas pelo estádio para mapear automaticamente pontos específicos no corpo dos jogadores. Esses dados são processados por um software que, em questão de segundos, indica a posição exata de cada atleta no momento do passe.
O resultado é uma animação 3D, exibida ao árbitro de vídeo, que mostra se o lance foi legal ou irregular. A decisão final continua sendo humana, mas o processo ganha agilidade e precisão.
Enquanto uma checagem tradicional do VAR pode demorar até seis minutos, o impedimento semiautomático reduz esse tempo para menos de 30 segundos — padrão já adotado em competições como a Champions League, Copa do Mundo e Premier League.
Brasil se alinha ao padrão internacional
O país chega com algum atraso à tendência global: desde 2022, o sistema já é usado nas principais ligas da Europa e em torneios da FIFA. Segundo a CBF, a implementação no Brasil será nacional e padronizada, garantindo que todos os estádios da Série A estejam equipados com a estrutura necessária até o início de 2026.
O que muda para o torcedor
Além de acelerar o jogo, a promessa é reduzir os erros milimétricos, as polêmicas sobre “linhas tortas” e as longas interrupções que afetam o ritmo das partidas. O objetivo é trazer mais transparência e confiança nas decisões da arbitragem — uma demanda antiga de torcedores, técnicos e dirigentes.
Desafios ainda no caminho
A adoção do novo sistema exigirá:
- Adaptação dos estádios, que precisam comportar até 16 câmeras de alta velocidade;
- Treinamento técnico de árbitros e operadores;
- Acordos de exibição para que as imagens 3D sejam mostradas nas transmissões;
- E a expansão gradual da tecnologia para outras competições, como a Série B e a Copa do Brasil.
Um salto para o futebol brasileiro
Com a estreia do impedimento semiautomático, o Brasileirão entra para o grupo das ligas que utilizam o que há de mais moderno na arbitragem. Especialistas apontam que a mudança deve aumentar a credibilidade do futebol brasileiro e reduzir significativamente as falhas em lances decisivos.
Mais do que um investimento em tecnologia, o novo sistema representa uma tentativa da CBF de resgatar a confiança do torcedor e garantir um campeonato mais justo e transparente.






