SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Trinta e um anos após a morte de Ayrton Senna, Adriane Galisteu voltou a falar sobre esse período doloroso de sua vida. Em depoimento para a série documental “Meu Ayrton”, da HBO Max, a apresentadora relembra o velório do piloto, em 1994, e a comoção mundial causada pelo acidente no autódromo de Ímola, na Itália.
Galisteu, que na época namorava o tricampeão de Fórmula 1 havia pouco mais de um ano, recorda que durante o velório, as câmeras registraram a apresentadora à distância do caixão e sem contato com os familiares de Senna algo que se tornou um dos episódios mais comentados da cobertura da tragédia.
“Essas coisas todas são percepções de fora para dentro. Eu não tive essa sensação”, afirmou Adriane. “Eu estava vivendo a minha dor, não estava olhando se alguém fazia assim ou assado. A dor era tão grande que fui sendo levada.”
A apresentadora contou que, mesmo em meio ao caos, encontrou apoio em pessoas próximas, como o assessor Braga, a amiga Luiza e Betise Assumpção, assessora de imprensa do piloto. “Eu encontrei colo. Isso foi percebido pelos outros de um jeito que eu não percebi por causa da dor e da imaturidade da época”, disse.
Somente anos depois, ao rever as imagens publicadas em revistas e jornais, Adriane conseguiu compreender o peso daquela cena. “Fui perceber muito depois. Daí olhei para aquilo com o mesmo olhar que todo mundo olhou e pensei: Nossa, realmente foi pesado, difícil e triste. Mas nada podia ser mais triste do que a própria situação, a morte do Senna.”
A série “Meu Ayrton” revisita a trajetória pessoal e profissional do piloto, destacando seu legado no automobilismo e o impacto de sua morte em 1994 um momento que, até hoje, segue marcado na memória do país e na vida de quem conviveu com ele.




