SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com o afastamento de Rodrigo Manga (Republicanos) por decisão judicial nesta quinta-feira (6), o vice-prefeito Fernando Costa (PSD), 72, é quem ficará à frente da Prefeitura de Sorocaba, no interior de São Paulo.
Empresário, Costa entrou para a política como vice-prefeito de Manga na eleição de 2020. Antes, ele havia sido presidente do São Bento, clube tradicional de Sorocaba, de 2011 a 2017.
Com perfil bem mais discreto comparado ao de Manga, tido como o “prefeito tiktoker”, Costa se apresenta no Instagram como presidente do PSD na cidade e torcedor apaixonado do São Bento.
De acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Costa declarou um patrimônio de R$ 1.098.950 na candidatura de 2024. Na lista de bens estão dois veículos, sendo um Jaguar e um Corolla, depósitos em conta corrente e poupança, imóveis e participações societárias.
O valor, declarado ao TSE em 2024, é 138% a mais que o informado em 2020. Na ocasião, Costa apresentou um patrimônio de R$ 461.900,85.
Manga foi afastado do cargo a pedido da Polícia Federal. A decisão é do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
“Em conformidade com a legislação vigente e o princípio da continuidade administrativa, o vice-prefeito Fernando Martins da Costa Neto assumiu, nesta quinta-feira (6), o cargo de prefeito de Sorocaba, até que os fatos sejam esclarecidos, garantindo a plena continuidade dos serviços públicos e o funcionamento regular da Administração Municipal”, afirmou a prefeitura, em nota.
A PF fez a segunda fase da Operação Copia e Cola para apurar supostos desvios envolvendo a contratação de uma organização social sem fins lucrativos pela Prefeitura de Sorocaba, por meio de contrato emergencial e termo de convênio para fazer a gestão de unidades de saúde.
Duas pessoas foram presas preventivamente e sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
A Justiça também determinou o sequestro e a indisponibilidade de bens de alguns dos investigados, no valor aproximado de R$ 6,5 milhões, além da aplicação de medidas cautelares como suspensão de função pública e proibição de contato com determinadas pessoas.
Segundo a PF, a análise do material apreendido na primeira fase da operação, realizada em 10 de abril de 2025, permitiu identificar novas pessoas físicas e jurídicas supostamente envolvidas no esquema, que são alvos das diligências realizadas hoje.




