SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Rodrigo Manga (Republicanos), prefeito de Sorocaba, interior de São Paulo, foi afastado do cargo nesta quinta-feira (6), a pedido da Polícia Federal.
A PF fez a segunda fase da Operação Copia e Cola para apurar supostos desvios envolvendo a contratação de uma organização social sem fins lucrativos pela Prefeitura de Sorocaba, por meio de contrato emergencial e termo de convênio para fazer a gestão de unidades de saúde.
Duas pessoas foram presas preventivamente e sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
A Justiça também determinou o sequestro e a indisponibilidade de bens de alguns dos investigados, no valor aproximado de R$ 6,5 milhões, além da aplicação de medidas cautelares como suspensão de função pública e proibição de contato com determinadas pessoas.
Segundo a PF, a análise do material apreendido na primeira fase da operação, realizada em 10 de abril de 2025, permitiu identificar novas pessoas físicas e jurídicas supostamente envolvidas no esquema, que são alvos das diligências realizadas hoje.
Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa.
A Prefeitura de Sorocaba foi procurada na manhã desta quinta, por e-mail, mas não respondeu até a publicação deste texto.
Manga usou as redes sociais para falar sobre o afastamento.
“Acredite se quiser, me afastaram do cargo de prefeito. Eu aqui em Brasília, ontem eu fui em frente o Palácio da Justiça, falei que tem que colocar o Exército na rua, rodei o Congresso, os deputados me receberam super bem, falando: ‘Manga, cuidado, está aparecendo muito, estão tentando aí’. O que a gente ouve de bastidores é que os caras tentam tirar do jogo qualquer um que ameaça a candidatura deles e você tem sido uma ameaça, tanto na questão do Senado, como em outros cargos. Gente, não deu outra”, publicou em suas redes sociais.




