BELÉM, PA (FOLHAPRESS) – O príncipe William concedeu, nesta quarta-feira (5), o prêmio Earthshot para Re.green. A empresa faz reflorestamento e restauração ecológica a partir de encomendas de outras companhias.

A cerimônia aconteceu no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, cidade que ele visita antes de ir à Belém para participar da cúpula -essa é sua primeira vez no Brasil.

A Re.Green já tem no portfólio mais de 30 mil hectares de projetos, na amazônia e na mata atlântica, e planeja chegar a 1 milhão.

O CEO da Re.green, Thiago Picolo, afirmou durante a premiação que o projeto foi criado com o sonho ambicioso de que é possível criar riqueza restaurando a natureza e não destruindo. Ainda segundo ele, com o apoio do premio será possível restaurar mais 20 mil hectares de floresta.

O prêmio Earthshot é uma iniciativa do príncipe britânico para reconhecer projetos de preservação do meio ambiente. O evento dessa quarta contou com apresentações musicais de Gilberto Gil e Anitta e com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva.

A premiação foi criado em 2020, com o objetivo de impulsionar soluções de problemas ambientais. Prêmio Earthshot, criado pela The Royal Foundation, que reconhece e apoia projetos de impacto positivo em cinco grandes áreas: proteção e restauração da natureza, purificação do ar, revitalização dos oceanos, redução de resíduos e estabilização do clima.

A fundação responsável pela premiação informou que mais de 2.400 soluções ambientais estavam concorrendo este ano, 232 delas baseadas na América do Sul e, destas, 142 no Brasil. O prêmio escolhe 15 entre as concorrentes, das quais cinco são premiadas com 1 milhão de libras esterlinas (cerca de R$ 7 milhões).

Além do Re.green também ficou entre os finalistas da premiação o Fundo de Florestas Tropicais (TFFF), uma das principais apostas do Brasil para a COP30, a conferência sobre mudança climática da ONU (Organização das Nações Unidas).

O TFFF funciona como um mecanismo financeiro tradicional, que remunera seus acionistas com parte dos lucros, a taxas de mercado (entre 4% e 5,5%, projetam os idealizadores). A diferença é que uma outra parte dos rendimentos vão para países que tenham floresta tropical, que recebem US$ 4 (R$ 21) para cada hectare de vegetação que for preservada.

Nesta terça-feira (4), o herdeiro do trono do Reino Unido visitou a área de proteção ambiental de Guapimirim, na baía de Guanabara, que abriga a maior reserva de manguezais do estado do Rio de Janeiro.

Antes de visitar o manguezal, o príncipe passou pela ilha de Paquetá, na zona norte do Rio.

Na segunda, ele jogou vôlei de praia em Copacabana com a atleta olímpica Carol Solberg e alunos do projeto social Levante, foi ao Pão de Açúcar, onde recebeu do prefeito Eduardo Paes (PSD) a chave da cidade e passou pelo Maracanã, quando encontrou jovens apoiados por sua fundação Earthshot e jogou futebol com crianças do projeto Terra FC.

Ele ainda representará o pai, rei Charles 3º, na COP30, a conferencia das Nações Unidas sobre o clima.