BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), que foi revirado pela lama após o rompimento da barragem de Fundão, foi palco de homenagens nesta quarta-feira (5), data que marcou os dez anos da tragédia.

Pela manhã, uma missa lotou a capela de Nossa Senhora das Mercês, que não foi atingida pela lama há dez anos e ainda hoje é palco de celebrações religiosas de quem morava no território.

A celebração, que durou cerca de uma hora, foi seguida de uma procissão até as ruínas da capela de São Bento, também onde ficava a Bento original.

No local, uma cruz de seis metros foi colocada em homenagem às 19 pessoas que morreram no dia 5 de novembro de 2015.

Durante a tarde, na região central do município, houve o tradicional ato do toque da sirene, às 16h. O evento relembra o horário em que as sirenes de alerta deveriam ter soado no dia do rompimento.

Além das cerimônias em Mariana, o Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) também promoveu atos em Belo Horizonte, com as presenças dos ministros Guilherme Boulos (Secretaria-Geral da Presidência) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania).

Considerada a maior tragédia ambiental do país, o rompimento da Barragem de Fundão deixa cicatrizes até hoje na comunidade atingida em Mariana e naqueles que dependiam do rio Doce.

Em novembro do ano passado, a Justiça Federal absolveu a mineradora Samarco e suas controladoras, Vale e BHP, além de outros sete réus pelo episódio. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão.