SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo do republicano Donald Trump encaminhou uma carta à Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro na qual lamenta as quatro mortes de policiais durante a Operação Contenção, realizada no Complexo do Alemão e da Penha na semana passada.

No documento, o governo americano, por meio DEA, agência federal de combate às drogas, também se coloca à disposição do governo fluminense.

“Neste momento de luto, reiteramos nosso respeito e admiração pelo trabalho incansável das forças de segurança do Estado e colocamo-nos à disposição para qualquer apoio que se faça necessário”, diz um trecho.

A carta é assinada por James Sparks, chefe da DEA, e foi enviada nesta quarta-feira (4) para o secretário de Segurança Pública Victor Santos.

Além de expressar condolências pela “trágica perda dos quatro policiais que tombaram no cumprimento do dever”, Sparks afirma ainda que “a missão de proteger a sociedade exige coragem, dedicação e sacrifício, e reconhecemos o valor e a honra desses profissionais que deram suas vidas em defesa da segurança pública”.

A operação Contenção é considerada a mais letal da história do Brasil e deixou 121 mortos, sendo 117 suspeitos e quatro policiais, segundo a polícia. Outros 13 ficaram feridos.

A megaoperação resultou ainda na apreensão de 120 armas, sendo 93 fuzis, além de explosivos, munições e equipamentos militares utilizados pelo grupo criminoso. O material é avaliado em R$ 12,8 milhões, segundo a Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos. Parte do arsenal tem origem em países como Venezuela, Argentina, Bélgica e Rússia e inclui modelos usados em zonas de guerra, como AK-47, AR-10 e G3.

A operação foi deflagrada com o objetivo de prender lideranças do Comando Vermelho investigadas em denúncia do Ministério Público do Rio. Entre os alvos estava Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como uma das principais lideranças da facção, que segue foragido.