SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de São Paulo fez operação na manhã desta terça-feira (4) contra quadrilha especializada na receptação qualificada de aparelhos celulares roubados e furtados.

Os aparelhos roubados eram levados para locais de fachada, onde eram manipulados e preparados para serem revendidos, como um endereço na rua Cásper Líbero, na região central, onde supostamente funcionava um bar. Porém, era apenas um disfarce. Nos fundos, havia uma estrutura montada pela quadrilha, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública).

Nessa fase final da Operação Mobile Strike foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporária nas cidades de São Paulo, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mauá e Suzano.

Três suspeitos foram presos, dois são considerados foragidos e, no total, 11 pessoas são investigadas.

Foram apreendidos 43 celulares, arma falsa, aneis e colares, caderno de anotações, um veículos, entre outros itens.

A organização criminosa tinha uma estrutura com hierarquia definida e divisão de funções, segundo a investigação. Havia os responsáveis pelos roubos, os intermediários e revendedores, que abasteciam o comércio clandestino, inclusive com remessas ao exterior.

A estimativa é que o grupo movimentasse entre 20 e 30 celulares por dia.

A Polícia Civil, em três meses de investigação, com uso de tecnologias de monitoramento e cruzamento de dados, conseguiu mapear o funcionamento do grupo e identificar seus principais integrantes.

“Ao atacar os elos responsáveis pela circulação e revenda dos aparelhos, a corporação busca enfraquecer não apenas essa organização, mas também as conexões que mantêm vivo o mercado paralelo de celulares roubados”, informou a Polícia Civil.

Cerca de 110 policiais civis participaram da ação. Todo o material apreendido e os suspeitos detidos estão sendo encaminhados à sede do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

A operação foi planejada para atingir o núcleo financeiro e logístico da quadrilha, enfraquecendo as estruturas que sustentam o comércio ilegal dos aparelhos.

A Mobile Strike é a segunda fase de uma ofensiva mais ampla para desarticular redes envolvidas na cadeia criminosa de receptação e revenda de celulares, um mercado ilegal que fomenta outros crimes patrimoniais, como furtos e roubos violentos.