
O Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (Ceap-Sol) reforça o alerta sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da tuberculose. A data de 17 de novembro, Dia Nacional de Combate à Tuberculose, chama atenção para uma doença antiga, mas que ainda representa um desafio de saúde pública no Brasil e no mundo.
De acordo com a Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis (GVEDT) da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (GVEDT/SES-GO), 1.053 casos e 43 óbitos provocadas pela tuberculose foram registrados em 2024.
Os dados preliminares de 2025 já apontam 914 novos registros. No cenário nacional, são notificados mais de 70 mil casos e cerca de 5 mil mortes por ano, conforme o Boletim Epidemiológico de Tuberculose do Ministério da Saúde.
A médica pneumologista do Ceap-Sol, Adria de Almeida Santana, explica que a doença continua muito presente, especialmente em países tropicais.
“É uma enfermidade evitável e curável, mas muitas pessoas demoram a procurar ajuda médica porque os sintomas aparecem de forma mais lenta. Nesse período, acabam transmitindo a bactéria para outras pessoas”, destaca.
Sintomas da tuberculose
Os sintomas mais comuns incluem tosse persistente por mais de três semanas, febre no fim do dia, suor noturno e perda de peso. Segundo a médica, a tosse com sangue é um sinal de doença em estágio mais avançado.
“O alerta deve acender antes disso. Tosse prolongada já é motivo para buscar atendimento”, reforça.
A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis e é transmitida por partículas liberadas no ar, quando uma pessoa infectada tosse, fala ou espirra. Por isso, ambientes fechados e com pouca ventilação favorecem a disseminação.
Grupos com imunidade comprometida, como pessoas vivendo com HIV, diabéticos e pacientes em uso de medicamentos imunossupressores, estão mais vulneráveis à infecção.
O diagnóstico pode ser feito pelo exame de escarro, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que também oferece teste rápido e exames complementares em casos mais complexos. O tratamento é gratuito e dura, no mínimo, seis meses, feito com o uso contínuo de medicamentos orais.
“O problema é que muitos pacientes interrompem o tratamento quando se sentem melhor, e isso pode gerar resistência bacteriana e dificultar a cura”, explica a pneumologista.
Vacina
A vacina BCG, aplicada em recém-nascidos e crianças pequenas, é uma importante forma de prevenção, especialmente contra as formas graves da doença, como a meningite tuberculosa. Outras medidas simples também ajudam a reduzir o risco de transmissão, como manter os ambientes bem ventilados e usar máscara em casos de tosse persistente. Adria reforça que o principal passo é a conscientização.
“O foco é procurar ajuda médica assim que surgirem os primeiros sintomas. Tosse que dura mais de três semanas não é normal. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura e menores os riscos de transmissão”, avisa.
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Fonte: Agência Cora







