SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta terça-feira (4) a transformação da floresta do Morro Grande, nos municípios de Cotia e Ibiúna, em parque estadual. A mudança torna a área de 10.870 hectares uma unidade de conservação de proteção integral, sob gestão da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil).
O anúncio foi feito pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na abertura do Summit Agenda SP+Verde, evento que acontece no Parque Villa Lobos nos dias nesta terça (4) e quarta (5), com debates sobre temas como economia verde e transição energética. O evento antecede o início da agenda oficial da COP30, conferência climática da ONU, em Belém.
Segundo Natália Resende, que chefia a Semil, a abertura do parque está prevista para o ano que vem. “A criação desse parque, além de simbólica, é importante porque a gente melhora cada vez mais a gestão especializada de uma área que é maior do que a Cantareira.”
Além de cuidar dos mananciais e da biodiversidade da região de Mata Atlântica, o parque levará pesquisa e educação ambiental para a região, afirmou a secretária.
De acordo com o anúncio, a mudança é essencial para a preservação das nascentes e cabeceiras do rio Cotia, que abastecem cerca de 400 mil pessoas da região metropolitana da capital paulista.
Ao final do evento, afirma a secretária, será feita uma carta de compromissos do estado de São Paulo destacando as linhas de atuação em temas como adaptação, resiliência e ação climática, além de incorporar o conteúdo dos debates.
Após a abertura, Tarcisio de Freitas e Eduardo Riedel (Progressistas), governador de Mato Grosso do Sul, participaram da primeira mesa de debate do evento. A conversa sobre economia verde foi mediada por Joaquim Leite, ex-ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro (PL) e um dos fundadores da YvY Capital, gestora focada na transição climática.
Os políticos assinaram uma carta de intenções entre os governos de São Paulo e Mato Grosso do Sul para colaboração na agenda climática. E, durante a mesa, reafirmaram o compromisso dos estados com a preservação do meio ambiente e com uma produção agrícola preocupada em reduzir impactos ambientais.
“O Brasil não é uma potência agropecuária, é uma potência agroambiental, o produtor percebeu que se ele preservar o solo ele vai ter mais produtividade”, disse Tarcísio de Freitas. Segundo o governador, a reserva florestal do estado aumenta ao mesmo tempo que a produtividade das lavouras.




