SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pela segunda e penúltima vez neste ano, será possível observar uma superlua. Nesta quarta-feira (5), o satélite estará quase em seu ponto orbital mais próximo da Terra, o que é chamado de perigeu. Isso significa que estará a 356,9 mil quilômetros daqui, a menor distância do nosso planeta em 2025.
Apesar de ter se se tornado popular, o termo superlua não tem base científica ele foi usado pela primeira vez em 1979 por Richard Nolle, que classificou o evento como uma Lua cheia que ocorre quando o satélite está no perigeu ou numa distância que equivale a 90% disso. Mas esse critério percentual foi arbitrário, segundo o Observatório Nacional.
Josina Oliveira do Nascimento, gestora da Divisão de Comunicação e Popularização da Ciência (DICOP) do Observatório Nacional, afirma que na noite de quarta-feira o satélite natural paracerá maior para quem o observa da Terra.
“Não precisa de equipamento nenhum, é só olhar para o céu”, diz Josina. Ela ressalta que é possível ter a sensação de que a Lua está maior quando ela está próxima à linha do horizonte.
Por isso, um bom momento para observar a superlua é uma hora após o pôr do Sol ou uma hora antes do nascer do Sol, quando o satélite está perto da linha do horizonte, mas “livre de fenômenos que acontecem mais próximo do horizonte”.
Esses horários variam de acordo com a cidade. Em São Paulo, por exemplo, o Sol vai se pôr às 18h23, segundo a Climatempo; em Recife, às 17h15 e, em Porto Alegre, às 18h49. Todos horário de Brasília.
Se o dia estiver nublado, porém, isso pode atrapalhar a visão do fenômeno, lembra Josina.
A diferença no tamanho aparente da Lua está ligada ao movimento elíptico do satélite ao redor da Terra. Isso faz com que ele ora se aproxime e ora se afaste do planeta.
Segundo a Nasa, superluas ocorrem de 3 a 4 vezes no ano e de forma consecutiva. Neste ano, a primeira foi em 7 de outubro e a última está prevista para 4 de dezembro.
Entre os fenômenos celestes de destaque deste mês, há também o pico de atividade da chuva de meteoros Leonidas no dia 17, conforme o calendário do Observatório de Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).




