RIO DE JANEIRO, RJ E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Hierarquizado, o Comando Vermelho, facção criminosa que domina o tráfico de drogas no Rio de Janeiro, funciona sob uma organização complexa com funções definidas que incluem atos de violência, venda de entorpecentes e escalas de “soldados” em pontos estratégicos para controlar a entrada e saída das favelas.

O detalhamento consta em denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro que deflagrou a Operação Contenção para prender suspeitos nos complexos da Penha e do Alemão, conjuntos de favelas na zona norte da capital fluminense. A ação deixou ao menos 121 mortos e superou o massacre do Carandiru como a mais letal do país.

LIDERANÇAS

– Integram grupos de mensagens para gerenciar as favelas dominadas pela facção criminosa

– Coordenam venda e transporte de drogas, armas de fogo de grosso calibre e contabilidade do tráfico

– Integrantes: Edgar Alves de Andrade, o Doca, e Pedro Paulo Guedes, o Pedro Bala

GERENTES

– Chefiam os traficantes e coordenam a compra de drones de vigilância e armamento

– Orientam os “soldados” sobre manuseio e porte dos fuzis

– Coordenam a escala de plantão dos “soldados”

– Receptam veículos roubados

– Ordenam mortes de subalternos na facção que desobedecerem as regras

– Integrantes: Carlos da Costa Neves, o Gardenal, Washington Cesar Braga da Silva, o Grandão ou Síndico da Penha, e Juan Pedro Malta Ramos Rodrigues, o BMW

SOLDADOS

– Vigiam pontos estratégicos nas favelas e portam fuzis

– Informam os gerentes sobre movimentações suspeitas

– Participam da distribuição e venda de drogas

– Fazem escolta das lideranças