RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), se reúnem na manhã desta segunda-feira (3) em audiência sobre a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, na terça-feira (28), que deixou 121 mortos, quatro deles policiais.

Moraes e Castro chegaram de helicóptero ao CICC (Centro Integrado de Comando e Controle), região central da cidade, onde ocorre o encontro.

Também participam da audiência o secretário estadual de Segurança Pública, Victor dos Santos, o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, e o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo Menezes.

Além deles, estarão na reunião representantes de setores da Polícia Civil que participaram da operação, como o delegado Fabrício Oliveira, da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), e o delegado da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes), Moyses Santana.

A agenda de Moraes no Rio ainda tem previsão de reunião com representantes do Tribunal de Justiça, da Promotoria e da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.

No domingo (2), Moraes determinou a preservação dos vestígios de crime e da produção de provas periciais, como laudo de local de crime e exames de necropsia. O pedido foi apresentado pela DPU (Defensoria Pública da União).

“Os órgãos de polícia técnico-científica do Estado do Rio de Janeiro devem documentar, por meio de fotografias, as provas periciais produzidas em investigações de crimes contra a vida, notadamente o laudo de local de crime e exame de necropsia, com o objetivo de assegurar a possibilidade de revisão independente”, escreveu o ministro na decisão.

A Polícia Civil afirmou já ter feito necropsia e liberados os corpos das 117 pessoas consideradas suspeitas que foram mortas na operação, e 115 tiveram os nomes divulgados. Dois não foram identificados.

No sábado (1°), o ministro do STF requisitou a Castro detalhes da operação, a fim de analisar se houve eventual desrespeito aos protocolos decididos na ADPF 635.