SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Imagens divulgadas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro mostram cenas do confronto entre policiais e suspeitos durante a operação Contenção, a mais letal da história do país, que deixou 121 mortos.

Vídeos de drones que monitoravam o andamento da operação e câmeras corporais mostram os últimos momentos do policial civil Rodrigo Cabral e do sargento da PM Cleiton Gonçalves, que morreram minutos depois de aparecerem nos vídeos.

As imagens de drone mostram policiais avançando por uma trilha na área de mata da Serra da Misericórdia, quando eles são atacados a tiros. Dois deles são feridos e rolam para sair da linha de tiro, sendo que um deles aciona o socorro.

Essa mesma filmagem mostra os últimos momentos de Rodrigo Cabral, policial com menos de 40 dias de carreira que participou da ação. Ele aparece entrando em uma trilha com mata mais fechada, área em que foi atingido na cabeça minutos mais tarde. Ele morreu na hora.

Já o sargento Gonçalves aparece de frente para uma câmera corporal no fim do vídeo do resgate de um cabo identificado como Oliveira, que havia sido baleado. No vídeo, que tem edição, um círculo vermelho identifica o sargento.

Após ser atingido na mata, o cabo Oliveira foi levado por colegas, por volta das 7h, para uma área onde um blindado havia conseguido chegar para removê-lo do local. O sargento Gonçalves foi atingido minutos depois de aparecer na imagem.

As imagens, divulgadas pela gestão Cláudio Castro (PL), foram reveladas pelo “Fantástico”, da TV Globo.

Ao todo, quatro policiais morreram. A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro informou neste domingo (2) que foram liberados todos os corpos dos 117 mortos na megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão.

Do total dos mortos identificados, 43 tinham mandados de prisão pendentes e pelo menos 78 possuíam histórico criminal, segundo a Polícia Civil.

A corporação aponta ainda que 54 eram naturais de outros estados, incluindo Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás e Espírito Santo. Segundo a investigação, o Rio abriga lideranças do Comando Vermelho de quatro das cinco regiões do país, o que reforçaria o alcance nacional da facção.