BELÉM, PA (FOLHAPRESS) – Com muito tecnobrega e cultura da periferia de Belém, a cantora paraense Gaby Amarantos deu o pontapé inicial na turnê do seu quinto álbum, “Rock Doido”, neste sábado, durante o Global Citizen Festival: Amazônia, no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, na capital do estado. É a primeira vez que o evento musical acontece na América Latina.
Apresentada pela atriz Regina Casé, que disse que a acompanha desde o início da carreira, no bairro do Jurunas, Gaby reuniu uma trupe de bailarinos, com figurinos coloridos e brilhosos, no melhor estilo das festas de aparelhagem de Belém, famosas pelos sistemas de som e iluminação potentes.
Saindo de trás da cabine do DJ, ela começou o show com “Essa Noite Eu Vou pro Rock”. A expressão rock doido, que nasceu nas periferias, se refere a festas muito animadas. Depois, ela seguiu com “Arrume-se Comigo”, desfilando com as dançarinas. Com a participação da também paraense Viviane Batidão, conhecida como a rainha do tecnobrega, Gaby disparou “Te Amo Fudido”, sobre um amor que não esqueceu.
Com coreografias que misturavam funk, brega e até dança árabe, a cantora seguiu desfilando as faixas do último trabalho: “Não Vou Chorar”, “Interlúdio Égua Mana”, “Viciada em Seduzir” e o hit “Foguinho”, uma versão em português de “Somebody that I Used to Know”, do australiano Gotye.
No final, enrolada na bandeira do Pará, Gaby disse em inglês: “Esta é a música brasileira feita no Pará”. E fechou o show com “Deixa”, que diz “quero mergulhar nesse rio-mar/ deixa correr/ pode me levar, deixa o sol brilhar/ deixa viver”. Foi ovacionada pelo público.
A primeira-dama Janja, que chegou nesta manhã a Belém com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez um discurso em prol da defesa do meio ambiente e declarou o seu amor por Belém e pela Amazônia.
“Em poucos dias, Belém será a capital do mundo [com a COP30]. Nada no planeta se compara à grandeza da Amazônia. Quando chegarem a Belém, os líderes mundiais vão conhecer a realidade da nossa Amazônia. Vão entender que a divisão entre humanidade e natureza não faz sentido. Mudar nossa relação com o planeta é uma tarefa urgente”, afirmou.
Ela também usou o futebol como metáfora: “O mundo ainda tem tempo para virar o jogo. Faremos o que estiver ao nosso alcance para avançar em compromissos que façam a diferença”.
A primeira-dama defendeu a igualdade de gênero para preservar o meio ambiente. “Sem mulher, não há floresta em pé.”
Ao lado das ministras Marina Silva, do Meio Ambiente, e Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas, que entraram no palco no meio do seu discurso, Janja disse que “salvar o planeta é uma tarefa de todas as gerações para todas as gerações”.
E finalizou: “Eu aprendi a amar Belém, a gastronomia paraense e a dizer ‘feliz Círio’. Hoje vou dizer ‘feliz COP’ para todos”.




