SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Donald Trump divulgou a reforma do Banheiro Lincoln da Casa Branca, que agora tem acessórios dourados e revestimento de mármore branco com veios escuros. Nos últimos dias, o presidente tem sido criticado por demolir a Ala Leste da sede de governo para construir um salão de baile.

Banheiro Lincoln foi reformado com mármore e metais dourados. Trump divulgou na rede Truth Social mais de 20 fotos mostrando o novo visual do cômodo, com espelhos, detalhes metálicos e paredes de mármore branco com veios escuros, em substituição aos antigos azulejos verde-claros.

Reforma foi justificada como tentativa de “restaurar elegância histórica”. Trump afirmou que o estilo art déco usado na remodelação dos anos 1940 seria “inapropriado para a época de Abraham Lincoln”, razão pela qual escolheu materiais que poderiam ter sido usados no projeto original.

Obra foi anunciada logo após polêmica pela demolição da Ala Leste. A parte demolida dará lugar a um salão de baile de 8,3 mil m², movimento que gerou críticas de preservacionistas e congressistas democratas.

Governo não esclareceu se o projeto passou por avaliação de preservação. De acordo com a Reuters, não há confirmação de que a reforma tenha seguido processos formais de aprovação histórica ou arquitetônica.

Cômodo fica ao lado do Quarto Lincoln, área simbólica na Casa Branca. A Associação Histórica explica que o espaço, no segundo andar da Casa Branca, foi originalmente usado como escritório do 16º presidente. Só depois recebeu o nome atual e passou a ser quarto de hóspedes.

REFORMAS E CRÍTICAS

Trump vem remodelando a Casa Branca com estilo próximo ao de Mar-a-Lago. Ex-empresário do setor imobiliário, ele tem promovido uma estética marcada por dourado, mármore e elementos decorativos chamativos — a mesma já presente na sua residência de veraneio da Flórida.

Mudanças recentes incluem alterações no Jardim das Rosas e no Salão Oval. Entre as intervenções já feitas estão a substituição da grama por pedras brancas, instalação de bandeiras gigantes e inclusão de adornos dourados no gabinete presidencial.

Demolição da Ala Leste é vista como gesto de maior impacto até agora. A Casa Branca informou que o novo salão de baile será submetido à Comissão Nacional de Planejamento, presidida por um indicado de Trump.

Reformas reacendem debate sobre limites de modernização da presidência. Segundo a Reuters, críticos alegam risco de descaracterização do patrimônio histórico. Já os apoiadores defendem que o presidente tem autonomia para adaptar a residência.

Espaços históricos já foram alterados por presidentes anteriores, mas em menor escala. A última grande reforma do Quarto Lincoln, por exemplo, ocorreu no governo George W. Bush (2001-2009) — que manteve o banheiro como estava.