SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Volkswagen anunciou nesta sexta-feira (31) que todos os novos modelos desenvolvidos e fabricados na América do Sul terão versões eletrificadas a partir de 2026. A lista incluirá diferentes tipos de híbridos: leves, convencionais e plug-in, que combina motor a combustão e elétrico.
A montadora obteve linhas de crédito de R$ 2,3 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar o desenvolvimento dos modelos híbridos e ampliar as exportações.
Os recursos também serão aplicados no Adas (Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor) e no sistema de conectividade. A iniciativa integra o plano de investimentos de R$ 20 bilhões da Volks na América do Sul até 2028, que conta com o lançamento de 21 novos veículos, com foco nos modelos híbridos.
O anúncio foi feito durante entrevista coletiva na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (ABC), com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do presidente executivo da marca para a América do Sul, Alexander Seitz, e do CEO da Volkswagen no Brasil, Ciro Possobom.
“Estamos atuando para impulsionar a indústria nacional, que desenvolve e produz carros aqui, gerando empregos e acelerando a economia”, afirma Possobom.
Durante o evento, Mercadante disse que o apoio do BNDES à inovação de empresas brasileiras está no centro da política industrial do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e destacou que o futuro da indústria automotiva passa pela transição energética. Ele também disse que o futuro do Brasil é híbrido.
Mercadante e Alckmin falaram ainda sobre a importância da segurança veicular. “É duas vezes mais perigoso andar de carro ou de moto do que o risco de um assassinato no estado de São Paulo. E aí a gente vê a importância da segurança: tecnologia para evitar acidentes e, no caso de um acidente, tecnologia para salvar vidas”, disse o vice-presidente.
Alckmin também destacou tratou sobre o papel da sustentabilidade na indústria, especialmente com a proximidade da COP30. Segundo ele, o carro sustentável tem regras no Brasil. Ele deve ser flex, fabricado em território nacional e com a emissão de menos de 83 gramas de CO2 por quilômetro e 80% de capacidade para ser reciclado.




