PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Ricardo Jardim foi indiciado, nesta sexta-feira (31), sob suspeita de feminicídio, ocultação de cadáver e falsificação de documentos. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, ele teria deixado o corpo esquartejado da ex-namorada em uma mala na rodoviária de Porto Alegre.
Jardim, 66, nega as acusações. Ele é representado pela Defensoria Pública, que informou que não se manifestará fora dos autos do processo.
O crime teria ocorrido em 8 e 9 de agosto. Os braços da manicura Brasília Costa, 65, foram encontrados em um córrego no dia 13. O tronco foi deixado no guarda-volumes da rodoviária da capital gaúcha no dia 20 daquele mês e localizado em 1º de setembro. Imagens da câmera de segurança da rodoviária registraram Jardim deixando a mala no local.
Segundo a polícia, Jardim teria desmembrado o corpo de Brasília com uma serra dentro de seu quarto e mantido parte dos restos mortais ocultos em uma geladeira na pousada onde residia, na zona norte, antes de comprar a mala e deixar o tronco na rodoviária.
Já as pernas da vítima foram achadas em dois pontos diferentes da orla do Guaíba nos dias 6 e 7 de setembro. Segundo a polícia, Jardim jogou os membros inferiores em um arroio na zona sul.
A cabeça da vítima ainda não foi encontrada, e as buscas continuam em um lixão na região metroplitana. A principal suspeita é de que Jardim a tenha descartado em um contêiner de lixo orgânico.
A polícia não conseguiu determinar o que teria motivado o assassinato.
Jardim foi preso no dia 4 de setembro, após ser identificado em uma avaliação de imagens de câmeras de segurança nas regiões central e norte de Porto Alegre.
Em 2018, Jardim foi condenado por matar a própria mãe e esconder o corpo, que foi concretado dentro de um móvel. Na ocasião, ele negou o assassinato, mas confessou ter ocultado o cadáver. A vítima foi encontrada com 13 facadas.
Após obter progressão para o regime semiaberto em 2024, ele não compareceu para colocar a tornozeleira eletrônica e passou a ser considerado foragido pela Justiça.






