BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A ministra do Planejamento, Simone Tebet, se adiantou ao anúncio oficial da taxa de desemprego pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgou, às 8h35, em suas redes sociais, postagem revelando os números que só viriam a público formalmente às 9h.

“Brasil bate recorde histórico na taxa de desemprego!”, publicou o perfil da ministra no X (ex-Twitter), em mensagem logo apagada. “A taxa de desocupação caiu para 5,6%, […] esse resultado reflete avanços consistentes na geração de empregos e na recuperação econômica do país.”

Às 9h, o IBGE divulgou os dados oficiais, na prática confirmando os números já adiantados pelo perfil de Tebet.

Procurado, o Ministério do Planejamento confirmou a postagem da ministra. “Foi um erro de publicação na plataforma, corrigido em poucos segundos.”, escreveu a pasta em nota oficial.

Esse tipo de dado é sensível, porque pode ser utilizado por investidores para decidir onde alocar recursos, ao apontar sobre o mercado de trabalho e economia mais aquecidos no país. A informação é repassada antes pelo IBGE para autoridades, mas a divulgação é feita pelo próprio instituto.

A taxa de desemprego do Brasil foi de 5,6% no trimestre até setembro, levemente abaixo do patamar de 5,8% registrado nos três meses encerrados em junho, que servem de base de comparação.

Com o resultado, o indicador voltou a marcar o menor nível da série histórica iniciada em 2012, de acordo com os dados divulgados nesta sexta (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A mínima de 5,6% já havia sido verificada nos trimestres até julho e agosto de 2025. O IBGE, contudo, evita a comparação direta entre intervalos com meses repetidos, como é o caso dos finalizados em julho, agosto e setembro.