Da Redação
A onda de violência no Rio de Janeiro ultrapassou as fronteiras brasileiras e levou países vizinhos a adotarem medidas emergenciais de segurança. O governo do Paraguai anunciou nesta semana um reforço rigoroso no controle da fronteira, após a Argentina também intensificar a vigilância em seus postos migratórios. As ações ocorrem em resposta à operação “Contenção”, realizada no Rio, que deixou 121 mortos e resultou em mais de 100 prisões durante o cerco ao Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão.
Preocupado com uma possível fuga de criminosos para o exterior, o Conselho de Defesa Nacional do Paraguai (Codena) emitiu, na última quarta-feira (29), um alerta para toda a região da tríplice fronteira. O comunicado reforça a necessidade de cooperação entre forças de segurança públicas e privadas, com foco em impedir a movimentação de facções e proteger o transporte de valores no país.
Entre as medidas adotadas estão o reforço do patrulhamento, o aumento da fiscalização migratória, o monitoramento aéreo de áreas estratégicas e a integração de dados com as autoridades brasileiras e argentinas. O objetivo é criar uma barreira de contenção contra possíveis tentativas de fuga e infiltração de integrantes do grupo criminoso.
Na Argentina, a ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich, anunciou pelas redes sociais que o país está reforçando os postos de vigilância para evitar qualquer reflexo dos conflitos cariocas. “Estamos atuando para proteger os argentinos de qualquer desmobilização gerada pela crise no Rio. A segurança do nosso país vem sempre em primeiro lugar”, afirmou.
Bullrich também determinou o envio de manuais de identificação de grupos narcoterroristas aos agentes que atuam nas fronteiras. O material inclui sinais e características utilizadas por facções como o Comando Vermelho, facilitando o reconhecimento e a atuação preventiva das forças locais.
Com a escalada da tensão no Brasil e o fortalecimento da vigilância internacional, os três países da tríplice fronteira — Brasil, Paraguai e Argentina — buscam agora reforçar a integração das políticas de segurança para conter a expansão de facções criminosas além das divisas nacionais.









