RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Acostumado a badalar quartetos ofensivos de 2019 para cá, o Flamengo vive um movimento de rotatividade no ataque e consolidação de um sistema defensivo que gera candidatos a ídolos.
Essa é a base de sustentação da versão copeira de um time que chega à quarta final de Libertadores em sete temporadas.
Contra o Racing, além da atuação decisiva do goleiro Rossi, o time contou com a estabilidade da dupla Léo Ortiz e Léo Pereira desde o início.
Segundo números do Sofascore, Léo Pereira ganhou seis de sete duelos aéreos e bloqueou duas finalizações. Léo Ortiz levou a melhor em quatro de cinco disputas pelo alto e bloqueou um chute.
Quando Plata foi expulso, Danilo entrou para reforçar o sistema antiaéreo contra os cruzamentos do time argentino. O Sofascore apontou que ele cortou quatro cruzamentos.
Por essas e outras, o time não foi vazado.
Os laterais também foram muito exigidos, já que precisaram conter cruzamentos e cuidar das bolas alçadas nas costas.
Alex Sandro exibiu sua estabilidade característica e Varela também deu conta do recado, apesar de ter dado duas bobeiras na etapa inicial. Emerson Royal entrou no segundo tempo, reforçando o repertório do Flamengo para o lado direito.
MELHOR DEFESA DO BRASIL
Esse somatório dá ao Flamengo o status de melhor defesa do Brasil no momento. No Brasileirão, os números são muito expressivos: 16 gols sofridos em 29 jogos. O Palmeiras sofreu dez gols a mais nessa mesma amostragem.
O time não é imbatível, mas, em 2025, os colapsos defensivos foram raros. O jogo mais extremo foi contra o Bayern de Munique, no Mundial: 4 a 2.
A preocupação com a solidez defensiva faz parte da proposta de Filipe Luís, embora as primeiras linhas do estilo de jogo do time dele tenham os itens pressionar o adversário e controlar o jogo.
O controle à frente da área e nas bolas aéreas tem a contribuição fundamental de Erick Pulgar. O chileno passou quatro meses se recuperando de lesão, e Filipe fez questão de dizer ao longo desse período que Pulgar era um pilar do seu time.
A eficiência defensiva rubro-negra também se dá pelo grau de confiança que Filipe deposita nos Léos ao longo da temporada.
Ao contrário do ataque, não tem rodízio ou especulação de quem joga na zaga. Isso até teve como efeito colateral poucos minutos para jogadores mais jovens do setor, como Cleiton, João Victor e Iago.
A tarefa no próximo mês até a final da Libertadores é não deixar a peteca cair no Brasileirão para que a confiança siga em alta.






