SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Raphael Veiga está longe de viver sua melhor temporada no Palmeiras, mas foi decisivo para o Alviverde retornar à final da Copa Libertadores após a goleada contra a LDU, com dois gols.

O meia se reconectou com a torcida, foi ovacionado pelo Allianz Parque e mostrou por que é um dos maiores ídolos da história do clube.

O QUE ACONTECEU

Veiga entrou em campo aos 18 minutos do 2º tempo e foi protagonista da classificação. Com apenas 4 minutos em campo, ele balançou as redes após assistência de Vitor Roque. E foi o próprio camisa 23 que deu o lançamento para o Tigrinho no início da jogada.

“Olê, olê, olê, olá… Veiga, Veiga”: foi o que o Allianz Parque cantou quando Veiga pegou a bola para cobrar o pênalti. Parecia que Vitor Roque bateria, mas o estádio foi à loucura quando ele entregou a bola para Veiga.

Veiga já tinha perdido um pênalti decisivo na final do Paulistão contra o Corinthians e desde então conviveu com o banco de reservas. No entanto, assumiu a responsabilidade mais uma vez e foi uns dos grandes heróis da noite.

“Eu sempre me preparo mentalmente do mesmo jeito. No jogo de hoje eu só pensei: ‘ou é agora ou não vai ser’. E eu pensei: o povo já tá falando [sobre mim], então, se eu errar também, continuem falando. Eu sempre vou querer me colocar em situações, às vezes desconfortáveis, que talvez eu possa falhar, mas eu sempre vou com a cabeça ali, se eu fizer o gol e se eu vou acertar”, disse Veiga.

“Não é sempre que eu vou acertar, já teve momentos decisivos que eu errei, mas eu acho que o mais importante é a gente se manter equilibrado, independente dos dois extremos. Não sou o melhor depois desse jogo porque eu fiz dois gols e também não era o pior quando as coisas não estavam acontecendo. Eu sei quem eu sou e vai continuar assim”, acrescentou.

O camisa 23 chegou a sete gols e oito assistências na temporada. Os números são abaixo dos anos anteriores (em 2024, foram 20 gols e 7 assistências), mas os dois gols da noite desta quinta-feira (30) têm um peso enorme para o ano do Alviverde.

“Eu tento sempre ver o lado bom das coisas. Se existe uma cobrança grande em mim é porque eu já cheguei num nível onde eu me permiti passar por isso. Em 2017, eu não jogava e não tinha essa cobrança, porque às vezes o povo não esperava tanto de mim. Acho melhor ter essa cobrança do que passar às vezes despercebido pelos jogos. Eu fico feliz de estar vivendo tudo isso, porque me faz um cara melhor, mas não vou ser o melhor depois desse jogo, assim como eu não era o pior antes”, concluiu.