Da Redação
O mercado de trabalho brasileiro voltou a surpreender positivamente. No trimestre encerrado em setembro, a taxa de desemprego caiu para 5,6%, o menor índice desde o início da série histórica do IBGE em 2012. O resultado representa uma leve melhora em relação aos 5,8% registrados no trimestre anterior e confirma a tendência de estabilidade do emprego no país.
De acordo com os dados da Pnad Contínua, o número de pessoas em busca de trabalho chegou a 6 milhões, também o menor patamar já registrado. Em comparação com o trimestre anterior, houve uma redução de 209 mil desempregados, e, em um ano, a queda foi de 11,8%, o equivalente a 809 mil pessoas a menos sem ocupação.
Por outro lado, a população ocupada atingiu 102,43 milhões de trabalhadores, praticamente o recorde da série — apenas 10 mil a menos do pico alcançado em julho. Em relação ao mesmo período do ano passado, o número de pessoas com emprego aumentou 1,4%, com 1,4 milhão de novos postos de trabalho.
O nível de ocupação — que mede o percentual de pessoas empregadas entre a população com 14 anos ou mais — ficou em 58,7%, muito próximo da máxima histórica de 58,8%.
Além da expansão no número de trabalhadores, a renda média também atingiu o maior valor já registrado pelo IBGE: R$ 3.507 mensais. Embora a variação frente ao trimestre anterior tenha sido discreta (alta de 0,3%), o avanço em relação a 2024 foi de 4%.
Segundo economistas, o bom desempenho do mercado de trabalho reflete uma combinação de crescimento econômico, políticas de estímulo e transformações demográficas e tecnológicas. O aumento do emprego e da renda tende a impulsionar o consumo, mas também pode elevar a pressão inflacionária — motivo pelo qual o Banco Central mantém a taxa Selic em 15% ao ano para conter a alta dos preços.
Mesmo com os juros elevados, os indicadores mostram que o país mantém uma trajetória sólida de geração de empregos e aumento do poder de compra, consolidando um dos melhores momentos do mercado de trabalho brasileiro na última década.









