SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) aprovou a criação do curso de arquitetura e urbanismo no campus da zona leste da capital. A primeira turma começará em 2026, com 60 vagas. A seleção será feita por meio do Sisu, que usa a nota do Enem.
O novo curso integra o Instituto das Cidades, estrutura criada para discutir e pesquisar problemas urbanos de São Paulo. A escolha da zona leste região que aguarda a expansão da universidade há décadas segue o projeto institucional de levar ensino superior público a áreas periféricas.
Segundo a diretora acadêmica do Instituto das Cidades, Patrícia Laczynski, a implantação da graduação atende a uma reivindicação antiga. Ela afirma que o objetivo é formar profissionais capazes de pensar a cidade como um bem coletivo. O coordenador do curso, Guilherme Petrella, diz que a proposta prepara arquitetos voltados para justiça socioespacial e atuação em projetos públicos.
O Projeto Pedagógico rompe com o modelo tradicional e organiza a formação por núcleos temáticos semestrais, que reúnem disciplinas em torno de problemas reais da cidade. A matriz prevê integração entre teoria e prática desde o início do curso. As aulas acontecerão no período da manhã.
A graduação terá 3.785 horas e duração de cinco anos. A proposta apresenta ensino interdisciplinar, foco em políticas públicas e participação dos estudantes em projetos com comunidades. O curso também exige um memorial do processo formativo, no qual o aluno registra a evolução de sua prática até o trabalho final de graduação.
O campus fica na avenida Jacu-Pêssego, em Itaquera, zona leste de São Paulo.






