SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) aprovou a reserva de vagas para transsexuais em seus cursos de graduação.
Nesta quinta-feira (30), o Conselho Universitário aprovou a implementação da política. Serão reservadas 2% das vagas de cada curso ao grupo social.
O acesso será realizado via Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e já entra em vigor a partir da próxima edição do programa, em 2026.
Desde 2024, a Superintendência-Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade da UFRJ construía uma política de cotas para a população. “O esforço visa a reparação histórica e a promoção do acesso à educação superior dessa comunidade”, diz a instituição.
A federal do Rio de Janeiro se une a mais de uma dezena de universidades públicas brasileiras que reservam vagas a pessoas trans, como Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), UnB (Universidade de Brasília), UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e Furg (Universidade Federal de Rio Grande).
Dessas, a UFRJ é a maior e mais importante, com quase 70 mil alunos. Em junho, ela foi considerada a segunda melhor instituição de ensino superior do Brasil de acordo com um levantamento realizado pelo Center for World University Rankings, ficando atrás apenas da USP (Universidade de São Paulo).
Celebrada pelo movimento LGBTQIA+, a política de cotas para a população trans também enfrenta resistência. Quando aprovou seu projeto, em abril deste ano, a Unicamp enfrentou questionamentos e ataques de políticos.
Já a Furg enfrenta hoje o segundo processo judicial em dois anos contra a ação afirmativa.




