BOGOTÁ, COLÔMBIA (FOLHAPRESS) – O Instituto Serrapilheira está com inscrições abertas em dois editais que vão destinar R$ 7,3 milhões para até 14 jovens cientistas. As inscrições vão até 2 de dezembro.

Segundo o instituto, o objetivo dos editais é possibilitar que cientistas desenvolvam projetos inovadores com autonomia, flexibilidade e abertura ao risco. O Serrapilheira também diz dar atenção para a ampliação da inclusão de jovens cientistas negros e indígenas.

Um dos editais, a nona chamada pública de apoio à ciência, é destinado a áreas de ciências naturais, matemática e ciência da computação. Neste caso, é preciso ter vínculo permanente a instituições de ensino e pesquisa. Serão selecionados até dez pesquisadores nesta chamada. Eles receberão de R$ 200 mil a R$ 450 mil ao longo de cinco anos.

Há possibilidade ainda de obter mais recursos por um bônus da diversidade, para investir na formação e inclusão de pessoas de grupos sub-representados em suas equipes, aponta o instituto. O valor do bônus depende da ação de inclusão, mas pode chegar a 30% do orçamento original aprovado.

Para esse edital, os pesquisadores precisam ter concluído doutorado e terem sido contratados pela primeira vez como professores ou pesquisadores no período de 1º de janeiro de 2020 a 31 de dezembro de 2025 -há extensão de até dois anos para mulheres com filhos. A chamada pode ser consultada por meio do seguinte link: https://serrapilheira.org/ano/chamada-publica-de-apoio-a-jovens-cientistas-no-9-2025/.

O outro edital é voltado a pós-doutorandos negros e indígenas da área de ecologia, sem vínculo empregatício. Essa é a quarta chamada de apoio a pós-docs negros e indígenas em ecologia, com apoio da Fapesb (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia). Serão selecionados até quatro pesquisadores que poderão receber até R$ 525 mil para projetos ao longo de três anos, além de bolsa mensal de R$ 5.200.

Segundo o instituto, é necessário ter concluído doutorado de janeiro de 2015 a 30 de junho de 2026 -há extensão de até dois anos para mulheres com filhos. Os cientistas não podem ter vínculo empregatício formal com instituições de pesquisa no momento da assinatura do contrato.

Além disso, o Serrapilhe diz que, no segundo edital aqui mencionado, os cientistas devem fazer parte de grupos de pesquisa nos quais não tenham nem se formado nem atuado antes. Os projetos serão desenvolvidos em universidades e centros de pesquisa da Bahia, mas partes das atividades podem ser feita em outros estados e no exterior. A chamada pode ser consultada através do seguinte link: https://serrapilheira.org/ano/chamada-publica-conjunta-de-apoio-a-pos-docs-negros-e-indigenas-em-ecologia-no-4-2025/.

O Serrapilheira afirma que riscos são bem-vindos na ciência e que os pesquisadores que se inscreverem devem detalhar quais são os elementos de risco científico nos projetos. Eles podem ser relacionados à hipótese; à abordagem ou metodologia; à interdisciplinaridade; a projetos exploratórios; e que buscam fazer uma síntese teórica. Os editais também aceitam projetos que não contenham nenhum dos elementos listados, mas que o candidato considera fora da caixa, de alto risco e alto impacto.

São duas fases de seleção. A primeira consiste nos candidatos enviarem uma pré-proposta e responder a perguntas sobre seus projetos de pesquisa. Os selecionados terão novo prazo para envio das propostas completas e passarão por entrevistas.

Segundo o Serrapilheira, o resultado dos editais será divulgado em junho de 2026.