RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Um cortejo com policiais militares e um carro do Corpo de Bombeiros passou na manhã desta quinta-feira (30) em frente ao IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro, onde famílias aguardam reconhecimento dos corpos e a liberação.
Segundo a PM, trata-se do cortejo de um dos policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) mortos na operação nos complexos do Alemão e da Penha. Dois agentes da tropa de elite foram mortos.
Cerca de 2.500 policiais fizeram a incursão às 6h. Ela resultou na ação mais letal da história do estado, com 121 mortes, de acordo com a contabilidade oficial.
O IML fica na avenida Francisco Bicalho, via importante e movimentada que conecta centro, rodoviária e vias expressas como linha Vermelha e avenida Brasil, além da ponte Rio-Niterói.
O comboio era formado por ao menos quatro viaturas da polícia, além de motocicletas e um veículo do Corpo de Bombeiros, onde agentes do Bope fardados participavam da homenagem.
O movimento chamou atenção dos parentes que aguardavam na calçada. Parte deles afirmou acreditar que se tratava de uma operação policial.
Um grupo de policiais que participava do comboio acenou, com gestos de saudação, para uma viatura da PM que patrulha a calçada onde estão as famílias.
Desde quarta há relatos de vias parcialmente fechadas para rápidas homenagens a policiais civis e militares.
Segundo a Polícia Civil, 80 corpos passaram por necropsia. Até a noite de quarta, seis haviam sido liberados.
Há famílias que vieram na quarta tentar a identificação e voltaram na quinta, por falta de respostas. A Defensoria Pública afirma ter atendido 106 famílias.
O órgão afirmou nesta quinta que pediu para acompanhar as perícias nos corpos recolhidos após a operação, mas que foi negada a entrada no IML.




