RIO DE JANEIRO, RJ E EM SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um dia após a megaoperação policial que resultou em ao menos 119 mortes em comunidades do Rio de Janeiro, corpos de civis mortos durante a ação começaram a ser liberados no IML (Instituto Médico Legal), segundo a subcoordenadora do núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Publica, Cristiane Xavier.
Seis corpos foram liberados até o final da tarde desta quarta-feira (29), segundo Xavier. Entre os cadáveres, não estão o de policiais mortos na ação desta terça-feira (28), segundo informado ao UOL pela subcoordenadora do núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Publica.
Ao menos 119 pessoas morreram na operação desta terça-feira (28), que se tornou a mais letal da história do país. O governador Cláudio Castro afirmou que ainda não há um balanço definitivo de mortos, pois o número oficial só é contabilizado quando os corpos dão entrada no Instituto Médico-Legal (IML) ou em hospitais públicos, o que pode ainda não ter ocorrido em alguns casos.
Mortos ainda não foram identificados. Mais cedo, o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro pediu ao IML do Rio que informe em 48 horas os protocolos adotados para identificar os mortos e as causas das mortes na megaoperação realizada nesta terça-feira (28). O UOL apurou que o objetivo é reunir elementos para investigar eventuais casos de execuções sumárias.
Procurador da República cobra informações sobre protocolos do IML e solicita que laudos contenham informações detalhadas e imagens. O ofício foi encaminhado nesta quarta-feira (29) pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão no Rio, Julio José Araújo.
IML é o órgão técnico responsável por analisar todos os cadáveres da operação. A partir da análise, elabora laudos detalhando o estado dos corpos e possíveis causas das mortes.




