Da Redação

O mercado financeiro brasileiro iniciou a semana em ritmo acelerado. Nesta segunda-feira (27), o Ibovespa atingiu seu maior patamar da história, embalado pela reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Malásia. O encontro, descrito por ambos como “muito produtivo”, foi suficiente para reacender o apetite dos investidores e abrir espaço para novas perspectivas comerciais entre os dois países.

Bolsa em alta e dólar em queda

O principal índice da B3 subiu 0,55%, encerrando o pregão aos 146.969 pontos — um novo recorde de fechamento. Durante o dia, o indicador chegou a 147.977 pontos, a maior pontuação intradiária já registrada.

Enquanto isso, o dólar comercial recuou 0,42%, sendo negociado a R$ 5,37 — o menor valor em quase um mês. A moeda americana já acumula desvalorização superior a 13% em 2025, reflexo direto da confiança internacional na economia brasileira e do aumento do fluxo de capital estrangeiro.

Mercado reage ao clima político e global

O tom amistoso entre Lula e Trump foi interpretado como um sinal de distensão política e comercial. Segundo analistas, a possibilidade de reaproximação diplomática entre Brasília e Washington pode abrir portas para novos investimentos e acordos bilaterais.

Além disso, a expectativa de uma trégua entre Estados Unidos e China contribuiu para o bom humor global. Trump deve se reunir ainda nesta semana com o presidente chinês, Xi Jinping, em busca de um novo pacto comercial — o que tende a valorizar commodities e favorecer países exportadores como o Brasil.

Indicadores domésticos reforçam a confiança

No front interno, o cenário econômico também colaborou para o otimismo. O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, revisou para baixo a projeção de inflação de 2025, de 4,70% para 4,56%. Já a prévia do IPCA mostrou desaceleração dos preços em outubro, fortalecendo as apostas em um ambiente de maior estabilidade.

Com inflação sob controle, dólar em queda e crescimento sustentado, o mercado brasileiro mostra resiliência e capacidade de atrair investidores mesmo diante de incertezas externas.

Um raro alinhamento de fatores

O recorde da Bolsa e o avanço da confiança refletem um momento de convergência política e econômica raro: um gesto diplomático entre Lula e Trump, estabilidade inflacionária e sinais de paz comercial entre as maiores potências do mundo.

Para o investidor, o resultado desta segunda-feira foi mais do que um número histórico — foi um sinal de que o Brasil, ao menos por agora, volta a figurar entre os destinos mais promissores do mercado global