SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ao completar dez anos no ar, o Shark Tank Brasil chega à nova temporada tentando se adaptar aos tempos atuais. E, para isso, volta sua mira para uma nova geração de empreendedores.
Caito Maia e Monique Evelle, dois dos “tubarões” mais populares do programa, contam que o foco agora está voltado à Geração Z que, segundo a dupla, tem levado ao tanque ideias mais conscientes, conectadas e com um olhar de negócio cada vez mais profissional.
“O ecossistema de negócios mudou completamente. Essa geração vem muito preparada, entende o que quer e já sabe o perfil de cada Shark”, diz Monique. “Eles estudam, assistem ao programa e chegam prontos. Hoje o papo está de igual para igual.”
O reality, exibido pela Sony, reúne novamente Carol Paiffer, José Carlos Semenzato, Monique Evelle, Sergio Zimerman e marca o retorno de Caito Maia ao painel fixo. A temporada ainda contará com participações especiais de Luiza Helena Trajano e Paulo Morais, da Espaçolaser.
Pela primeira vez, haverá um episódio totalmente dedicado ao empreendedorismo feminino, com elenco composto apenas por mulheres.
Para Caito, fundador da Chilli Beans, o público se identifica com a autenticidade e as divergências entre os Sharks. “As pessoas gostam de ver as nossas opiniões diferentes, os embates, as disputas por um negócio. Esse confronto saudável é parte do charme do programa”, afirma.
Ele acredita que essa mistura de estilos também inspira quem assiste: “Acho importante mostrar que não existe um único caminho no empreendedorismo”.
Monique concorda e destaca o amadurecimento das ideias apresentadas. “Os empreendedores não chegam mais perdidos. Eles têm clareza, dados e domínio do próprio negócio. A produção vibra quando vê um pitch bem estruturado, porque o público vibra junto”, comenta.
Além da evolução no perfil dos candidatos, os Sharks apontam uma mudança nas áreas de interesse. Se antes a tecnologia dominava o tanque, hoje há espaço para negócios voltados ao bem-estar, saúde e consumo consciente.
“Isso me incomodava antes, só vinha coisa de tecnologia”, confessa Caito. “Agora a gente vê produtos físicos, marcas que lidam com o cotidiano, como a Dote e a Germanos. São negócios da vida real.”
Os dois também comentam a percepção do público sobre os “nãos” no programa. “Às vezes as pessoas acham que a gente é duro demais, mas o não pode ser tão construtivo quanto o sim”, defende Caito. “É o nosso dinheiro, é a nossa responsabilidade. O negócio precisa parar de pé.”
Monique reforça o ponto: “Eu analiso risco de mercado, de operação, de time, de regulação. Se 90% disso não faz sentido, não posso investir. E isso é educativo. O empreendedor precisa entender que não é só sobre emoção, é sobre colocar uma empresa de verdade no mundo.”
Mesmo diante das cobranças, os dois dizem se sentir recompensados pela conexão com o público. Monique atrai quem admira seu olhar social e firmeza ao decidir, enquanto Caito se tornou o favorito da geração mais jovem.
“A geração Z gosta muito de mim, e eu nem sabia disso!”, brinca. “Fiquei emocionado quando ouvi isso, porque meu objetivo sempre foi ser acessível, falar de um jeito simples, sem palavras difíceis. Empreendedorismo precisa ser compreensível para todos.”
“Se eu não entender as novas gerações, eu morro”, completa o empresário.
Os novos episódios são exibidos às sextas-feiras, às 22h, no canal Sony Channel. O público também pode acompanhar a íntegra no YouTube oficial do Shark Tank Brasil.



