RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Em meio a uma renovação na seleção brasileira feminina de ginástica artística, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) utilizou o Mundial de Jacarta para dar experiência também a integrantes da comissão técnica, e que estão no dia a dia das atletas.

Beatriz Fragoso, Caroline Molinari e Walmy Junior tiveram a primeira experiência em um Mundial. Bia e Carol são do Pinheiros, clube onde treinam Julia Soares e Sophia Weisberg, enquanto Walmy trabalha no Flamengo, onde estão Flávia Saraiva e Júlia Coutinho.

O trabalho na Indonésia teve a coordenação de Francisco Porath Neto, o Xico, técnico que lapidou e se tornou braço direito de Rebeca Andrade.

“O momento é importante também para o desenvolvimento dos treinadores que estão ganhando bagagem internacional. A vivência em um Mundial amplia o olhar técnico, fortalece o trabalho integrado e contribui diretamente para o futuro da ginástica brasileira”, disse o técnico Xico.

Bia, Carol e Walmy elogiaram o trabalho desenvolvido no período em que estiveram com a seleção — que contou também com a aclimatação.

“Para nós, treinadores, poder vivenciar esse momento, estar em um Campeonato Mundial, ver os melhores do mundo, se preparar desde o início do ciclo, é ótimo. Tivemos aclimatação muito boa, com ajuda de todo mundo, treinadores, atletas, árbitros, equipe multidisciplinar… Vejo que estamos crescendo como equipe”, apontou Beatriz.

“Estamos muito felizes de estarmos aqui. Tivemos muitos pontos positivos na preparação, desde quando saímos do Brasil até aqui. As meninas evoluíram muito, nós evoluímos muito. Acho que, como equipe, crescemos bastante e isso é importante. Tivemos o apoio de todos os profissionais. É a primeira competição do ciclo, estamos nos preparando para daqui a quatro anos, então, acho que hoje foi importante chegarmos aqui, as meninas competirem e passarem por isso pela primeira vez”, completou Walmy.

Não foi a primeira vez que Xico ressaltou a importância de uma proximidade maior entre a seleção e os treinadores dos clubes. Em fevereiro, no centro de treinamento da CBG, foi realizado o primeiro estágio neste novo ciclo.

“A gente faz um grande investimento na figura do treinador, que consideramos aqui como um grande multiplicador. É ele que vai disseminar, em seu clube, os conhecimentos que estão sendo transmitidos no Rio. É essa a base para que continuemos formando nos clubes as atletas das próximas gerações e aprimorando esse trabalho”, disse Xico, em fevereiro