Da Redação

Goiás não tem mais nenhum caso sob investigação por possível contaminação com metanol. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) na tarde desta quinta-feira (23). As 11 notificações registradas desde o início das apurações foram encerradas — cinco após exames laboratoriais descartarem a presença da substância e outras seis por não se enquadrarem nos critérios técnicos de suspeita.

Entre os casos que estavam sendo analisados, estava o de um homem de 43 anos internado no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol). Testes complementares afastaram a hipótese de intoxicação pelo composto químico, usado de forma ilegal em bebidas falsificadas.

Paralelamente, a força-tarefa do Governo de Goiás segue intensificando ações de fiscalização para identificar e retirar de circulação produtos adulterados. Até 14 de outubro, 1.193 estabelecimentos — entre bares, distribuidoras e restaurantes — haviam sido inspecionados em 21 cidades do Estado. As equipes apreenderam 7.539 garrafas vencidas, sem registro no Ministério da Agricultura e Pecuária ou com origem desconhecida. Outras 665 amostras foram enviadas para análise, com 486 procedimentos e 139 perícias já concluídas.

O Procon Goiás também atua na operação. Segundo o superintendente Marco Palmerston, cerca de 70 autuações foram emitidas até o momento. “Nosso foco é proteger o consumidor e garantir que bebidas falsificadas não cheguem às prateleiras. A fiscalização está em todas as regiões, apreendendo produtos impróprios para o consumo”, afirmou.

Situação nacional
No cenário brasileiro, o Ministério da Saúde atualizou nesta quarta-feira (22) os dados sobre intoxicações causadas por metanol em bebidas adulteradas. O país contabiliza 112 notificações: 53 casos confirmados e 59 ainda em investigação. Outras 609 ocorrências foram descartadas.

Os casos confirmados estão distribuídos em cinco estados: São Paulo (42), Paraná (6), Pernambuco (3), Rio Grande do Sul (1) e Mato Grosso (1).

As autoridades reforçam o alerta para que consumidores adquiram bebidas apenas de locais confiáveis e fiquem atentos a rótulos, tampas e lacres, que podem indicar adulteração.