Da Redação

Treze anos após o sucesso que marcou sua carreira no cinema, Deborah Secco volta a interpretar Bruna Surfistinha, personagem que se tornou um ícone de transgressão e liberdade no audiovisual brasileiro. A atriz anunciou o início das filmagens da continuação do longa de 2011, compartilhando registros da leitura de roteiro e a empolgação de revisitar um papel que transformou sua trajetória.

“Bruna está de volta!”, escreveu Deborah nas redes sociais, ao confirmar oficialmente o projeto. O novo filme retoma a história de Raquel Pacheco, jovem de classe média que ganhou notoriedade ao narrar suas experiências como garota de programa no blog O Doce Veneno do Escorpião. Desta vez, porém, a narrativa seguirá um rumo diferente — explorando o que aconteceu após o fim daquela fase de sua vida.

Uma mulher que sobreviveu a si mesma

Com o título provisório de “Bruna 2.0”, a produção deve mostrar uma protagonista mais madura, lidando com temas como maternidade, relacionamentos abusivos e aborto. A nova trama quer refletir sobre os desafios da mulher contemporânea e dialogar com a própria jornada de Deborah, que hoje, aos 44 anos, encara a personagem sob outro olhar.

“Eu e a Bruna mudamos. Ela carrega novas dores, novas cicatrizes — e eu também. É uma personagem que sempre me desafiou, e talvez seja por isso que eu precisei revivê-la agora”, afirmou a atriz.

Elenco e reencontros

A sequência também marca o retorno de Drica Moraes e Fabiula Nascimento, que participaram do primeiro filme e retomam seus papéis como Larissa e Janine, figuras centrais na trajetória de Bruna. Além delas, Caco Ciocler, Juliana Araripe e Giovanna Grigio se juntam ao elenco, prometendo expandir o universo emocional da protagonista.

Nos bastidores, o reencontro entre Deborah, Drica e Fabiula foi repleto de nostalgia. “Trabalhar com essas mulheres de novo é reviver um marco do nosso cinema, mas com novas vivências e maturidade”, contou Secco.

Um retorno que vai além da nostalgia

Dirigido por Marcus Baldini, o primeiro Bruna Surfistinha foi um divisor de águas: levou mais de 2 milhões de pessoas aos cinemas, enfrentou tabus sobre sexualidade e julgamento moral e consolidou Deborah como uma das atrizes mais versáteis da sua geração.

Agora, a sequência promete atualizar a discussão, abordando empoderamento feminino, autonomia e recomeço sob uma ótica mais realista e emocional. “A Bruna de hoje já caiu, já levantou, já se refez. Ela aprendeu a olhar para si com verdade. É sobre isso que esse filme fala: sobre coragem de existir”, antecipou Deborah.

Ainda em fase inicial de filmagens, o longa tem estreia prevista para 2026, mas já movimenta as redes sociais com expectativas e lembranças do fenômeno original. Para Deborah, o retorno é também um acerto de contas com o próprio passado. “Essa personagem nunca me deixou. Ela me transformou — e agora volta para mostrar o quanto todas nós mudamos junto com ela.”