PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – A Justiça do Rio Grande do Sul ordenou a soltura do professor de direito Conrado Paulino da Rosa, suspeito de crimes sexuais contra ao menos 13 mulheres. Ele foi preso preventivamenno dia 26 de setembro, deixou a Penitenciária Estadual de Canoas na terça-feira (21), e voltará a usar tornozeleira eletrônica. Ele nega as acusações.

O advogado e ex-professor da Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP) é suspeito de estupro de vulnerável, violência psicológica e possíveis abusos facilitados pelo uso de substâncias químicas.

De acordo com o TJ-RS, a defesa apresentou um pedido de soltura, que foi acolhido pelo juízo na terça-feira. O processo corre em segredo de Justiça.

Os advogados de Conrado alegam que o direito de defesa foi violado, pois teria enfrentado dificuldades para consultar os autos do inquérito.

“Quando o pedido foi formulado, já havia sido agendado o interrogatório, inicialmente marcado para o dia 16 de outubro, sem que a defesa tivesse conhecimento prévio do conteúdo da investigação”, disse a defesa em nota.

Segundo a defesa, os exames toxicológicos realizados nos medicamentos apreendidos durante a busca e apreensão na casa de Conrado no dia 3 de outubro e a perícia toxicológica capilar apresentaram resultados negativos.

Em outras ocasiões, a defesa também afirmou ter convição da “inexistência de fatos penalmente relevantes”.

Conrado já cumpria medidas cautelares impostas pela Justiça antes da ordem de prisão, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de contato com as vítimas e limitações de saída durante a noite.

De acordo com a delegada Fernanda Campos Hablich, o pedido de prisão no fim de setembro foi feito após se perceber que as denunciantes estavam com medo de prestar depoimento devido a possíveis represálias por parte de Conrado.

À época o pedido de prisão foi considerado desproporcional pela defesa do advogado, que pediu um habeas corpus, posteriormente negado.