SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Segundo a atriz Fernanda Torres, sua mãe, Fernanda Montenegro, sempre se preocupou com a saúde financeira, temendo perder tudo dada a instabilidade da profissão de atriz.
“Sempre cresci com eles [meus pais] me dizendo que nós estávamos à beira da ruína. Até hoje, a mamãe fala: ‘eu estou preparada para viver num lugar pequeno’. Eu falo: mamãe, você tem 96, você trabalhou muito, relaxa”, disse Torres ao falar sobre sua relação com o dinheiro em evento do Itaú Unibanco, do qual é garota-propaganda.
Apesar do sucesso e da atual estabilidade financeira, Montenegro ainda se atenta à reserva de emergência. “Até hoje, mamãe fala: ‘tem que ter três meses garantidos para frente. Eu digo para ela que é um pouco mais”, conta a atriz e escritora.
A protagonista de “Ainda estou aquI” conta que ela busca não se preocupar tanto.
“Eu procuro o contrário. Procuro ser menos tensa com o medo da ruína, que é uma coisa que realmente acompanhou a minha mãe, um pouco porque ela era filha de operários”, disse a atriz.
Ela conta que seu pai, o também ator Fernando Torres, temia a hora de declarar o Imposto de Renda. “Ele ficava desesperado, com medo, porque ele não tinha ideia se estava certo, se estava errado.”
Após a morte de Torres, a família passou a contar com uma consultoria financeira para organizar o inventário.
“Uma coisa que mudou muito foi que eles passaram a me dizer que eu tinha que pensar na minha economia por ano, e não era por mês. A relação da mamãe com eles é engraçadíssima porque ela tem desconfiança imensa. E é para desconfiar mesmo”, afirmou a atriz.
No evento, o Itaú apresentou um levantamento feito em parceria com o Grupo Consumoteca com 5.000 brasileiros sobre a relação deles com as finanças.
Segundo o estudo “Consciência e prosperidade: a nova relação do brasileiro com o dinheiro”, 83% dos brasileiros buscam novas formas de lidar com as finanças, priorizando diversificação, autonomia e estratégias inteligentes de investimento.
Entre os principais interesses estão investir para gerar renda passiva (49%), empreender e criar o próprio negócio (45%) e investir em educação, capacitação e cursos (41%).
Já a visão que têm sobre os bancos é, em sua maioria (44%), de um aliado estratégico com papel mais consultivo para organizar finanças, orientar decisões e apoiar projetos. Já 22% veem as instituições apenas como local transacional e para guardar dinheiro.
Entre os recursos dos bancos mais valorizados pelos entrevistados estão relatórios detalhados sobre gastos (37%), assistentes virtuais que ofereçam aconselhamento financeiro (34%) e relatórios automatizados nos aplicativos, demanda ainda mais forte entre a Geração Z (43%).