SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O filme “The Voice of Hind Rajab”, da cineasta tunisiana Kaouther Ben Hania, abrirá a primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Mulheres de Gaza, que acontece de 26 a 31 de outubro, em meio aos escombros da Faixa de Gaza.
A sessão de abertura acontecerá em Deir El-Balah, cidade palestina a cerca de 15 quilômetros da Cidade de Gaza, segundo a Variety. O longa, vencedor do Leão de Prata do Grande Prêmio do Júri no Festival de Veneza, faz sua estreia no Oriente Médio e narra a história real de Hind Rajab, que conta a história real de uma garota de seis anos que ficou por horas conversando com uma equipe de socorro médico em Gaza, logo depois que o carro onde estava com sua família foi atingido por um ataque israelense.
A equipe procura entretê-la enquanto tenta mobilizar uma ambulância para o local, mas a burocracia impede que o atendimento seja feito a tempo. Afinal de contas, os próprios médicos poderiam sair feridos -ou mortos em uma operação apressada, sem seguir protocolos de segurança.
O festival é patrocinado pelo Ministério da Cultura palestino.
“A Palestina vive o período mais desafiador de sua história, em meio à guerra genocida na Faixa de Gaza”, afirma a organização do evento em seu site oficial. “Famílias inteiras foram apagadas dos registros civis, mulheres e crianças têm sido alvo direto, e cada vítima carrega sua própria história.”
“Diante disso, reconhecemos a importância de criar o Festival Internacional de Cinema de Mulheres de Gaza, com o objetivo de dar destaque às histórias cinematográficas das experiências das mulheres.”
O festival foi anunciado durante o Festival de Veneza. Terá cerca de 80 filmes -entre documentários, curtas e longas de ficção- de 28 países, todos centrados nas vozes, vidas e lutas das mulheres, segundo a revista.
As Forças Armadas de Israel voltaram a atacar a Faixa de Gaza nesta segunda-feira (20) em nova quebra do cessar-fogo entre o país e o grupo terrorista Hamas. Os militares israelenses disseram ter atirado contra terroristas que ultrapassaram um limite territorial estabelecido pelo acordo; três pessoas foram mortas, de acordo com médicos palestinos.
Mais tarde, Trump voltou a afirmar que o Hamas será “erradicado” se não respeitar o cessar-fogo.
A ação de Israel coloca em risco o acordo de cessar-fogo, em vigor desde o último dia 10, durante momento de discordâncias sobre a devolução dos corpos de reféns israelenses.
O vicve-residente americano J.D. Vance visita Israel para pressionar o governo de Netanyahu a manter de pé o cessar-fogo após dias de violações e bombardeios contra o território palestino.