SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Fabinho Soldado entrou na mira de uma ala do conselheiros do Corinthians e se vê pressionado no clube. O dirigente, no entanto, tem o respaldo de Osmar Stabile, atual presidente do time paulista.

O alto salário de Fabinho Soldado e “negócios obscuros” feitos por ele são os principais pontos que geraram a pressão do conselho sobre a presidência para a saída do executivo.

Contratos de logística do CT e mudança no quadro de funcionários ordenadas pelo dirigente estão entre os negócios que incomodam o grupo de conselheiros. No cargo de executivo de futebol desde o mandato de Augusto Melo, Fabinho Soldado se manteve no posto após a destituição do ex-presidente e se manteve como o braço direito da presidência, agora comandada por Osmar Stabile.

Recentemente, o CORI (Conselho de Orientação do Corinthians) convocou Fabinho Soldado para prestar esclarecimentos sobre gastos e negociações. O executivo, no entanto, teve proteção do presidente Osmar Stabile, que tomou a frente e barrou a reunião.

Fabinho Soldado tem respaldo de Stabile neste momento. O presidente tem conhecimento do movimento pela demissão do executivo, mas ainda se mantém irredutível quanto à permanência do profissional para o restante do ano.

O executivo tem bom trânsito com o elenco do Corinthians. Fabinho marca presença em boa parte dos treinos e mantém relação próxima com os jogadores e a comissão técnica.

FABINHO SOLDADO NO CORINTHIANS

O dirigente chegou ao clube em janeiro do ano passado. Ele assumiu o posto no começo do mandato de Augusto Melo em meio à pressão pela contratação de um executivo de ofício -antes, Rubens Gomes, o Rubão, era quem cuidava do futebol e das negociações.

Fabinho negociou a contratação de quase todos os jogadores do atual elenco corintiano. Antes da chegada do executivo, apenas Félix Torres, Raniele, Rodrigo Garro e Diego Palacios foram contratados.

Foi ele quem comandou as trocas de técnicos no Corinthians ao lado de Augusto Melo. No período, passaram pelo clube Mano Menezes, António Oliveira, Ramón Díaz e Dorival Júnior, todos contratados ainda na gestão do antigo mandatário.

Fabinho não fica restrito apenas às contratações e vendas de jogadores e técnicos. O executivo gere toda a parte de logística do CT do clube, toma decisões orçamentárias, de estrutura e tecnologia, por exemplo.